Ricardo Sá Pinto arrisca uma proibição de dez anos de exercer qualquer atividade no futebol, outros dez anos de proibição de entrada em estádios e uma coima de 20 mil euros.
Em causa está o envolvimento do treinador português num escândalo de corrupção no futebol grego.
O jornal helvético Gazzetta divulgou esta segunda-feira o antigo testemunho de Sá Pinto no âmbito de um processo relacionada com manipulação de resultados. Na altura, Ricardo Sá Pinto era treinador do Atromitos, da primeira divisão grega.
O processo envolve também o antigo jogador do Benfica, Takis Fyssas, que alegou em tribunal que após o jogo entre Olympiakos e Atromitos, a 4 de fevereiro de 2015, o treinador português lhe disse que tinha sido pressionado por responsáveis do clube para não incluir certos jogadores no alinhamento.
“Tive uma conversa com o Fyssas por telefone, mas nunca lhe disse isso. Nunca dei o direito a ninguém de me pressionar ou interferir no meu trabalho, a minha demissão deve-se a razões puramente desportivas”, começou por dizer Sá Pinto, citado pelo jornal A BOLA.
“Porquê confessar e confiar algo tão importante a uma pessoa com quem não tive um relacionamento muito amigável e com quem nunca trabalhei? É óbvio que Fyssas está a mentir, tentando envolver-me numa guerra travada entre a sua equipa, o Panathinaikos, e o rival Olympiakos”, acrescentou.
Na temporada de 2014/15, Sá Pinto liderou a equipa do Atromitos em 17 jogos, tendo vencido apenas quatro partidas. O Olympiakos venceu a liga nessa época, terminando o campeonato com 12 pontos de vantagem para o Panathinaikos. O Atromitos ficou-se pelo sétimo lugar.
Para além do castigo a Sá Pinto, a magistrada responsável pelo caso propõe que Olympiakos e Atromitos sejam despromovidos e multados em 3 milhões de euros.
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