O ex-futebolista justificou, este domingo, a sua transferência do FC Barcelona para o Real Madrid, que abalou o futebol espanhol, com o facto de não se sentir reconhecido no clube catalão.
“Foi uma decisão importante e difícil de tomar, porque me fez mudar de uma cidade que tanto me deu e na qual me sentia muito bem. Mas, quando não sentes que és reconhecido por aquilo que estás a fazer e tens uma proposta de outro clube, então acabas por pensar nela”, disse Luís Figo no Instagram, durante uma conversa com o antigo internacional italiano Fabio Canavarro, na qual recordaram momentos das respetivas carreiras.
A mudança de Barcelona para Madrid, em 2000, depois da fase final do campeonato da Europa disputado na Holanda e Bélgica, foi um passo temerário, mas não foi assim tão radical como se possa supor.
“Os grandes clubes do mundo são semelhantes, a principal diferença são as pessoas que as dirigem. Eu vim para Madrid em plena mudança de presidência, com a eleição de Florentino Perez, e não foi fácil na fase inicial. Era tudo novo para mim, mas acabei por me adaptar bem com a ajudar de todos”, disse.
Canavarro vê Figo como potencial futuro presidente da UEFA, mas o português, sem descartar essa possibilidade, assegurou que está feliz com o seu atual trabalho como embaixador do Euro 2020 (adiado para 2021): “De momento, sinto-me bem com o trabalho que faço, estou a aprender. Quanto ao futuro? Logo se verá”.
Figo e Canavarro fizeram ainda uma retrospetiva à carreira de ambos, falando dos grandes jogadores com quem partilharam o balneário e os relvados, como o brasileiro Ronaldo Nazário, o francês Zinedine Zidane e o espanhol Raúl González, mas o português, quando desafiado a dizer qual o melhor, preferiu destacar este último.
“Na minha carreira joguei com grandíssimos jogadores como Ronaldo, Zidane, Rivaldo, Stoichkov, Guardiola, Hierro e Verón, mas o Raúl foi um vencedor e conquistou tantas coisas na carreira pela sua mentalidade. Sempre soube definir as jogadas movimentar-se no campo. As características do Ronaldo eram potência e velocidade, mas é difícil dizer quem era o melhor. Raúl tinha pouco de tudo e uma facilidade tremenda para marcar e fazer a diferença”, referiu Figo.
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