Estudo alerta que atletas devem controlar raiva para ganharem equilíbrio emocional

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Um estudo da Universidade do Minho aponta que desportistas com níveis superiores de raiva são mais agressivos durante os jogos e alerta para a necessidade de ajudar os atletas a controlar a raiva de forma a ganharem “equilíbrio emocional”.

No dia em que Portugal se estreou no Mundial 2014, no Brasil, frente à Alemanha, em comunicado enviado à agência Lusa pela academia minhota, o investigador da Escola de Psicologia, Rui Sofia, apontou que a seleção nacional de futebol “pode” trabalhar “alguns aspetos psicológicos”.

Rui Sofia refere que  “podem ser trabalhados alguns aspetos psicológicos ligados à preparação mental” para os jogos da “seleção das quinas”.

“Apostar em estratégias de regulação emocional e formas de lidar com o stress é fundamental”, aconselha.

O estudo “Raiva, agressão, coping e regulação emocional no desporto”, que envolveu 269 atletas de várias modalidades, refere ainda que a “agressão moderada” durante as competições “é muitas vezes incentivada” e encarada como “benéfica”, mas que os atletas reconhecem que essa atitude não beneficia a capacidade de concentração.

“A visão dualista é predominante. Acreditam que é benéfica porque aumenta a motivação e energia durante o jogo, mas, por outro lado, reconhecem que esta pode afetar negativamente a concentração”, afirma o Rui Sofia.

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Alias, adiantou, “alguns atletas admitiram que os treinadores os ensinavam a atuar de forma agressiva e sem serem desmascarados pelo árbitro, com o objetivo de obter benefícios durante o jogo sem sofrer penalidades”.

Mas, alerta o texto, “os resultados revelam que os desportistas com níveis superiores de raiva apresentam mais comportamentos agressivos e antissociais no jogo, além de terem menor capacidade de autocontrolo e de reavaliação da importância”.

Por isso, o investigador apela para a “necessidade de ajudar os atletas a controlar a raiva e, assim, encontrar maior equilíbrio emocional”, destacando três estratégias para o efeito.

“A ruminação da raiva [tendência para focar sistematicamente esta emoção], a reavaliação da importância [ou “repensar” a situação] e o autocontrolo. Enquanto a ruminação tende a aumentar a raiva e levar a comportamentos agressivos, as restantes costumam apaziguar as tensões”, explana o texto.

/Lusa


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