Num documento divulgado esta quinta-feira, Frederico Varandas fez um balanço da primeira metade do seu mandato e traçou o plano estratégico do clube para o futuro.
O Jornal Sporting apresentou, esta quinta-feira, um documento denominado “Regresso ao futuro”, que revela a visão estratégica para a segunda metade do mandato de Frederico Varandas. Para além do diagnóstico à atuação do presidente sportinguista, são traçados objetivos para o futuro do clube.
Um dos principais pontos passa por aumentar a dimensão da Academia de Alcochete para o dobro. O plano, ao qual o Record teve acesso, prevê que estas alterações sejam introduzidas até ao fim do atual mandato, que termina em 2022.
A aposta na formação é um dos objetivos de Frederico Varandas. A equipa sénior tem atualmente 13 jogadores com 21 anos ou menos, dos quais seis chegaram da formação.
O clube também assinou 89 contratos com jogadores de potencial, ou seja, atletas que reúnem condições para chegarem um dia ao plantel principal. Varandas promete “incentivos às equipas técnicas” para aplicar este modelo de aposta na juventude e na formação.
“A atual direção do Sporting considera que a aposta na formação é um fator crítico de sucesso, ganhando especial relevo, tanto em contexto de inflação de valores de mercado (pré-Covid-19), como de crise de liquidez (pós-Covid-19)”, lê-se no documento. Além disso, o emblema de Alvalade promoveu um corte de 18 milhões de euros por ano em salários.
Lutar pelo título nacional e conseguir o acesso à Liga dos Campeões continuam a ser os principais objetivos do conjunto ‘leonino’, com o plano estratégico a explicar que a aposta na formação é feita “num modelo que não compromete o futuro do clube”.
Na altura em que direção de Varandas assumiu funções, o Sporting deparava-se com um défice de tesouraria de 215,5 milhões de euros. Como tal, o presidente sportinguista tomou medidas contra o défice em várias frentes. Um dos primeiros atos, escreve o Record, foi a emissão de um empréstimo obrigacionista com encaixe de 26,5 milhões e duração de três anos.
Para além da poupança a nível salarial, o plano estratégico também salienta os acordos conseguidos com jogadores que rescindiram, tendo sido amealhados, no total, 48 milhões de euros. Este valor, somado às receitas de mercado, perfaz 114,5 milhões de euros. Por fim, é mencionada a securitização do contrato da NOS, que permitiu um encaixe de 65 milhões de euros.
O passivo do clube “tem vindo a descer consistentemente”, apesar da pressão provocada pelos efeitos da Covid-19. Em dezembro, que é o valor mais atual, o passivo fixava-se nos 304,1 milhões de euros – um valor inferior aos 310,9 milhões registados em junho de 2017, na presidência de Bruno de Carvalho.
O clube também pretende trocar as cadeiras do Estádio José Alvalade para que sejam todas verdes. A substituição está programada para a temporada 2021/22. A SAD pretende também implementar rede wifi no estádio, pavilhão, Pólo EUL e Academia.
“É crítico o desenvolvimento de um Datawarehouse e ferramentas de Business Intelligence, que possam dar resposta a estas necessidades. Progressivamente, o Sporting CP recorrerá à utilização de ferramentas de Automation e Inteligência Artificial, sempre que aplicável e necessário”, lê-se ainda no documento, que reforça a necessidade de apostar na modernização a nível tecnológico e tornar o clube mais ecológico.
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