O presidente da Câmara Municipal do Porto revelou esta segunda-feira que está a estudar a criação de um “drive-in” no Queimódromo, em Matosinhos, para atividades culturais, podendo esta iniciativa ser estendida ao futebol, para que as pessoas possam assistir aos restantes jogos da presente temporada.
Rui Moreira falava aos jornalistas depois de ter reunido com o presidente da Liga, Pedro Proença. No fim do encontro, presidente da Câmara Municipal do Porto destacou a importância de evitar aglomerados para travar a propagação da covid-19.
“Pareceu-nos interessante discutir a matéria que estava a ser tratada para outros fins, que é a instalação de um ‘drive-in’ no Queimódromo, [com Pedro Proença]. Temos vindo a trabalhar com outros operadores no sentido de ter esse espaço para outros fins, como culturais e cinema. Era interessante poder oferecer essa valência aos adeptos, no Porto”.
Rui Moreira recordou ainda que está agendado o dérbi portugueses entre FC Porto e Boavista na noite de São João, que carece de mais atenção das autoridades. “Temos um jogo que entusiasma desportivamente, mas que preocupa, que é um FC Porto-Boavista na noite de São João. Gostaríamos que os adeptos convivessem em tranquilidade, com todas as normas de segurança, sem estarem fechados num café”, continuou.
“O que aconteceria é que, sem a assinatura de um canal, os adeptos não iriam ao estádio, mas podiam reunir noutro sítio com menos segurança”, argumentou.
“Aquilo que temos a certeza é que os adeptos vão querer ver jogos. E muitos deles vão querer ver os jogos na companhia de outros adeptos. Por natureza, é uma coisa que, para a maioria de todos nós, se vê com outros adeptos”, disse ainda o autarca.
Proença quer jogos da I Liga em sinal aberto
À saída da mesma reunião, Pedro Proença abordou a questão dos jogos em sinal aberto e a Assembleia Geral das próximas semanas, que vai debater a sua continuidade no cargo.
“Sabemos que os jogos vão ser à porta fechada e que o público não pode aceder. Aquilo que queremos e tentámos potenciar foi que a entidade governamental pudesse de alguma forma injetar dinheiro nos canais generalistas, para que pudessem adquirir conteúdos junto das operadoras. Assim, as operadoras seriam ressarcidas e poderiam pagar os clubes, fechando este ciclo”, afirmou Pedro Proença.
O dirigente máximo da Liga falava aos jornalistas, após uma reunião na Câmara Municipal do Porto com o presidente Rui Moreira. “É também uma forma de não ter aglomerados à volta dos estádios e assim também proteger as famílias”, acrescentou o antigo árbitro.
Questionado sobre a sua continuidade à frente do organismo, com Benfica e Cova da Piedade a abandonarem recentemente a direção da Liga, Pedro Proença lembrou que o “importante agora é retomar as competições”.
“Fui reeleito há um ano com 96%. É um momento muito difícil para muitos clubes que estão em sérias dificuldades e necessitam de retomar a sua atividade profissional. Aceitamos com naturalidade as críticas, numa altura que é preciso tomar decisões difíceis. A Liga é dos clubes e o presidente da Liga estará enquanto os clubes quiserem”, frisou.
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