Com recurso a fotografias de António Costa no Campo Pequeno, a assistir ao espectáculo “Deixem o pimba em paz” de Bruno Nogueira, o Marítimo “aplaude” o gesto do primeiro-ministro e apela a que o futebol tenha “o mesmo tratamento”, pedindo ao Governo para que deixe os adeptos ir aos Estádios.
“Fazemos, agora, o apelo ao Senhor Primeiro Ministro, António Costa, para que o futebol tenha o mesmo sentido que foi dado, e bem com o nosso aplauso, à Cultura, Transportes, Ensino e Comércio”, refere o clube da Madeira num comunicado.
“O futebol não é apenas um desporto disputado no relvado, é um fenómeno sem igual em Portugal, e a abertura gradual aos adeptos pode contribuir, de forma importante, para retirar a carga negativa imposta pelo período de confinamento e pode ser um input positivo para o bem-estar mental de todos“, afiança ainda o Marítimo.
A posição do clube madeirense, divulgada no seu site oficial, é reforçada com imagens que mostram António Costa no Campo Pequeno, em Lisboa, durante o espectáculo “Deixem o pimba em paz” de Bruno Nogueira.
O Marítimo apela, assim, a que o futebol “tenha o mesmo tratamento”, reforçando que já transmitiu a ideia de que os adeptos devem ser permitidos nos Estádios à Direcção-Geral de Saúde (DGS), ao Secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, à Federação Portuguesa de Futebol e à Liga Portugal no passado dia 26 de Maio.
A falta de adeptos nos Estádios terá sido uma das causas para o Marítimo recusar assinar o Plano de Retoma da Liga que foi aprovado pelos restantes 17 clubes do principal campeonato de futebol.
DGS pede festejos dos golos “sem contacto”
Os adeptos da I Liga de Futebol, que regressa na quarta-feira, vão estar fora dos estádios, mas se se juntarem devem manter uma distância de dois metros e celebrar sem contacto físico, alertou hoje a directora-geral da Saúde.
“Mesmo se estiverem a assistir pela televisão em espaços fechados, não devem esquecer esta regra e outra, muito importante, que é a partilha de objectos como copos ou garrafas – não fazer isso, de todo”, disse Graça Freitas na conferência de imprensa diária sobre a covid-19, referindo-se à eventual concentração de adeptos junto a hotéis onde estão as equipas ou junto aos estádios.
A responsável da DGS avisou que, “na altura da comemoração dos golos, a tendência vai ser para comemorar como antes”, com “contacto físico”,mas apelou para que a celebração decorra “sendo exuberante, mas com distância”.
Isto, “a menos que se trate de pessoas que vivam na mesma casa”, frisou.
“Deixo um grande apelo aos adeptos para que, se se juntarem, mantenham regras de distanciamento físico e de protecção barreira, usando máscara e não partilhando objectos”, acrescentou.
Graça Freitas afirmou que “foi uma dura conquista a retoma do campeonato” e que “a tentativa de chegarmos ao fim será boa para todos”, designadamente do ponto de vista social e económico.
“Mas temos de garantir que o que foi conquistado não pode retroceder por um comportamento menos prudente. E a prudência indica que temos de manter as regras”, notou.
A I Liga portuguesa de futebol regressa na quarta-feira, quase três meses depois de paragem devido à pandemia, para umas últimas 10 jornadas sem público e com testes constantes à covid-19.
As portas dos estádios estarão fechadas, excepto aos elementos indispensáveis para a realização dos jogos, incluindo as equipas das televisões, que transmitirão em directo todos os jogos, entre a SportTV e a Benfica TV (os do Benfica em casa).
Quanto aos jogadores, serão elegíveis aqueles que passem nos testes à covid-19, que serão efectuados a 24 horas de cada jogo, sendo que, entre jogos espaçados por mais de cinco dias, cada equipa terá de ser submetida a dois testes.
Em campo, os 11 jogadores de cada equipa não actuarão de máscara, obrigatória, porém, para todos os elementos que fiquem no banco dos suplentes, excepção aos treinadores principais.
Diferentes vão ser os festejos, de golos, vitórias ou outros, pois não são permitidos aglomerados entre os elementos das equipas (jogadores, treinadores e restante ‘staff’), beijos ou abraços: umas ‘cotoveladas’ e pouco mais.
[sc name=”assina” by=”ZAP” source=”Lusa”]
Deixe um comentário