O Benfica negou qualquer ilegalidade cometida nos alegados ‘acordos secretos’ com o Desportivo das Aves e virou o jogo para o FC Porto. “Onde foram gastos os muitos milhões das vendas?”, questionam.
O Benfica reagiu esta segunda-feira, num extenso comunicado, à investigação levada a cabo pelo jornal Público que acusam o emblema da Luz de manter ‘acordos secretos’ e ‘à margem da lei’ com o Desportivo das Aves. Em causa estão contratos firmados pelas duas entidades em transferências de jogadores.
O Benfica nega qualquer ilegalidade e garante que “os contratos referidos nas respetivas notícias são totalmente legais, transparentes e compatíveis com toda a legislação geral e regulamentos desportivos que gerem este tipo de relações comerciais”.
As ‘águias’ consideram que esta é uma tentativa de denegrir o bom-nome do Benfica e dizem ainda que “as cláusulas de recompra e anti-rivais que sustentam as insinuações feitas da existência de uma relação de dependência, são prática generalizada, comum e recorrente em todo o mundo do futebol”.
“O destaque dado pelo jornal e o timing escolhido foram uma intencional tentativa de desviar atenções a problemas complexos de promiscuidade política na lista para os órgãos sociais do FC Porto e decisões de gestão pública, que neste momento estão em curso, como a oferta de terrenos em processos já com a intervenção dos novos eleitos para o clube. O Público fez alguma capa com os políticos candidatos a órgãos sociais do FC Porto? E fez alguma investigação sobre as relações entre o FC Porto e o Portimonense? Sobre as cerca de 30 transferências ocorridas entre esses dois clubes nos últimos quatro anos?”, acrescentou, virando o jogo para os ‘dragões’.
No comunicado divulgado, o Benfica salienta as “transferências boomerang de Sérgio Oliveira e Josué, Everton, Paulinho, Rafa Soares ou mesmo das movimentações de Danilo, Victor García e Francisco Ramos”. Os encarnados não esqueceram também a transferência de Casemiro, em que, “contrariamente ao invocado desejo do clube então adquirente, teve de o revender ao clube de procedência”.
“E deixaríamos um desafio: porque a referida publicação não investiga e questiona o verdadeiro grande mistério do futebol português, que é sobre onde foram gastos os muitos milhões e milhões de vendas que não estão visíveis em resultados financeiros ou património edificado num clube que está sob intervenção da UEFA?”, lê-se ainda no comunicado.
[sc name=”assina” by=”ZAP” ]
Deixe um comentário