O treinador português José Mourinho, no Tottenham desde novembro de 2019, vai tentar aproveitar o regresso da Liga inglesa de futebol para estancar a série de seis jogos sem ganhar, a pior da sua carreira.
Depois do triunfo por 3-2 no reduto do West Ham, arrancado a ferros, com um golo do sul-coreano Son, aos 90+4 minutos, em 16 de fevereiro, para a ronda 26 da Premier League, os Spurs, que na sexta-feira recebem o Manchester United, de Bruno Fernandes, contabilizaram dois empates e quatro derrotas.
Estes registos custaram a queda do quinto para o oitavo posto do campeonato inglês e o adeus à Taça de Inglaterra e à Liga dos Campeões, competição à qual correspondem, precisamente, o primeiro o sexto jogo desta seca de triunfos.
Em 19 de fevereiro, o Tottenham começou a comprometer o apuramento para os ‘quartos’ da ‘Champions’, ao perder em casa com o Leipzig por 1-0, seguindo, três dias volvidos, a derrota fora no dérbi londrino com o Chelsea, por 2-1, para o campeonato.
De volta a casa, a 1 de março, os Spurs somaram terceiro desaire seguido frente ao Wolverhampton, vencedor por 3-2, para, no dia 4, caírem nos ‘oitavos’ da Taça de Inglaterra pelo mesmo registo, mas no desempate por penáltis, na receção ao Norwich, após 1-1 nos 120 minutos.
Na 29.ª ronda da Premier League, a 7 de março, o Tottenham voltou a não conseguir vencer, agora na casa do Burnley (1-1), para, no dia 10, selar o adeus à Liga dos Campeões com novo desaire face aos germânicos.
O pesado 0-3 em Leipzig a pairar como derradeiro jogo da equipa de José Mourinho, que está a cumprir ao servido dos londrinos a 20.ª temporada da carreira como treinador principal, iniciada em 2000/01, no Benfica.
Desde então, e após passagens ainda por União de Leiria, FC Porto, Chelsea, por duas vezes, Inter de Milão, Real Madrid e Manchester United, ‘Mou’ só tinha estado, e uma única vez, cinco encontros de rajada sem saborear um triunfo.
Essa série aconteceu na primeira passagem pelos ‘blues’, mais precisamente na reta final da temporada 2006/07, entre 28 de abril e 13 de maio de 2007, e incluiu uma amarga eliminação nas meias-finais da ‘Champions’, às mãos do Liverpool.
Depois de vencer em casa os ‘reds’ por 1-0, na primeira mão das ‘meias’, com um tento de Joe Cole, e de empatar a dois na receção ao Bolton, no que foi o primeiro jogo dos cinco sem triunfos, o Chelsea caiu nos penáltis (1-4) em Anfield Road.
O defesa dinamarquês Daniel Agger igualou a eliminatória, aos 22 minutos, e a passagem à final só foi resolvida no desempate por grandes penalidades, que teve como herói o guarda-redes espanhol Pep Reina, que parou dois pontapés.
Depois dessa eliminação, o Chelsea empatou os derradeiros três jogos do campeonato inglês, no reduto do Arsenal (1-1) e nas receções ao campeão Manchester United (0-0) e ao Everton (1-1), para acabar a prova em segundo, a três pontos dos ‘red devils’.
A malapata só foi quebrada no último encontro da época, em 19 de maio, com os londrinos a impedirem em Wembley a dobradinha do conjunto de Cristiano Ronaldo, com um triunfo por 1-0, selado no prolongamento, aos 116 minutos, pelo marfinense Drogba.
Pelo Chelsea, que comandou em sete épocas e num total de 321 encontros, José Mourinho ainda teve duas séries de quatro jogos sem ganhar, uma em 2013/14 e outra em 2015/16, com a curiosidade de ambas incluírem uma derrota num desempate por penáltis.
Ao serviço do Manchester United, que representou em 144 jogos, ao longo de três épocas, Mourinho teve três séries de quatro encontros sem vencer, duas em 2016/17 e uma em 2018/19.
Nos restantes clubes, Mourinho ostenta como piores registos séries de três jogos sem ganhar: uma no Benfica (cumpriu 11 jogos), uma na União de Leiria (20), duas no Inter de Milão (108), três no FC Porto (127) e quatro no Real Madrid (178).
De todas essas séries, só uma foi de três derrotas, quando, em 2001/02, na primeira época pelos ‘dragões’, perdeu duas vezes com o Real Madrid par a segunda fase da ‘Champions’ (0-1 fora e 1-2 em casa) e, pelo meio, caiu por 3-2 na receção ao Beira-Mar.
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