As eleições para a presidência do Benfica estão na ordem do dia numa altura em que o título nacional parece mais distante e quando se avança que Luís Filipe Vieira deve vir a ser acusado na Operação Lex. O sufrágio pode vir a ser antecipado com a demissão da direcção.
Nesta segunda-feira, há reunião da direcção do Benfica e o cenário de eleições antecipadas deverá estar em cima da mesa, embora não faça parte da ordem de trabalhos, como avança O Jogo.
As eleições deverão realizar-se em Outubro, mas há vozes a apelar à demissão da direcção de Vieira para evitar que a oposição ganhe força até Outubro.
O assunto já tinha sido abordado antes da última Assembleia-Geral da SAD que culminou com o chumbo ao Orçamento para a próxima época. Esse chumbo ilustra o crescente descontentamento com a direcção de Vieira que foi agravado pelos últimos resultados desportivos.
Entretanto, há notícias que apontam que Vieira deverá vir a ser acusado na Operação Lex, caso que envolve também o juiz Rui Rangel.
Maria José Morgado deverá divulgar a acusação deste processo em Setembro e especula-se que Vieira deverá ser acusado devido a uma “cunha” que terá pedido a Rangel, para que este intercedesse por si no âmbito de um processo relativo a uma dívida fiscal. Em troca terá prometido ao magistrado um cargo na futura Universidade do Benfica.
Com Vieira como arguido, este não teria condições para avançar com uma candidatura, considera Bruno Costa Carvalho que já anunciou que vai ser candidato à presidência do Benfica.
“Não me vou meter na vida dele, mas se for deduzida uma acusação contra Vieira, ele deixa de ter condições para prosseguir com a sua candidatura“, constata o empresário portuense no seu perfil no Facebook.
“Se se lembram, José Veiga foi empurrado do Benfica quando foi acusado. Ainda há pouco, Paulo Gonçalves saiu do Benfica perante uma acusação”, acrescenta Bruno Costa Carvalho, notando que esta possível acusação contra Vieira “envolve o Benfica e a promessa de usar o Benfica para pagar um favor“.
“Não se trata de ser culpado, mas também não será um mero arguido. Passará a ser um acusado, um réu e isso tem conduzido à demissão do Benfica de quem se encontra nessa situação. Deste modo, creio que a candidatura de Luís Filipe Vieira dificilmente chegará às urnas até porque o critério tem sido o de não arrastar o nome do Benfica para estas coisas”, sublinha Bruno Costa Carvalho.
O empresário também acrescenta que “o Benfica não pode servir de escudo protector de ninguém”.
Após o jogo com o Marítimo que ditou a demissão de Bruno Lage do Benfica, Vieira anunciou que iria reflectir quanto ao futuro, juntamente com a família, deixando no ar a possibilidade de se demitir.
Outro candidato anunciado à presidência do Benfica é Rui Gomes da Silva que foi vice-presidente de Vieira entre 2009 e 2016. Actualmente, o comentador da TVI é uma das vozes mais críticas da direcção encarnada e assegura que será candidato “para ganhar” e não para “fazer figura de corpo presente”.
Gomes da Silva também nota, em declarações à TVI24, que será candidato mesmo num cenário de eleições antecipadas.
Entretanto, o Record avança que há um grupo de benfiquistas a formar um movimento para formar uma candidatura às eleições do clube. Este movimento integra personalidades como Noronha Lopes que fez parte da direcção de Manuel Vilarinho e que foi vice-presidente de Vale e Azevedo, o cronista Pedro Adão e Silva e o comentador da SIC Vasco Mendonça.
Só faltará ficar a conhecer o nome da personalidade que encabeçará esta lista como opção para ser o próximo presidente do clube da Luz.
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