O FC Porto é o novo campeão nacional de futebol, época 2019/20. Os “dragões” conquistaram o seu 29º título num jogo em que precisavam apenas do empate, mas fizeram mais do que isso e venceram o Sporting, no grande “clássico”, no Estádio do Dragão, por 2-0.
Num jogo nem sempre bem disputado, com muita luta e ocasiões de golo escassas – como se previa perante a competência das duas equipas defensivamente -, os golos foram apontados por Danilo Pereira, na segunda parte, de cabeça, na sequência de um canto, e por Moussa Marega, nos descontos. O Sporting perdeu pela primeira vez com Rúben Amorim no banco.
O jogo explicado em números
- Muitas mexidas no Porto, mercê das ausências de Sérgio Oliveira, Uribe e Corona. Manafá ocupou a lateral direita, com o miolo do terreno a ser ocupado por Danilo Pereira e Mamadou Loum, e com Fábio Vieira e Luiz Díaz a serem também opção. Na frente somente Moussa Marega. No Sporting, Cristian Borja foi a novidade, no lugar do castigado Marcos Acuña.
- Início de jogo com o Sporting a marcar logo no primeiro lance por Andraz Sporar, após jogada confusa, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo do ponta-de-lança. E aos 12 minutos foi a vez de um tento ser anulado a Luis Díaz, uma vez que a bola bateu na mão do colombiano, antes de este finalizar.
- O equilíbrio foi a nota dominante no primeiro quarto-de-hora, com 50% de posse para cada lado e somente um remate (enquadrado), para os “leões”. A formação leonina entrou personalizada e recusou-se a dar a iniciativa aos “dragões”, pecando somente no passe, não indo além dos 69% de eficácia.
- Aos 25 minutos, Sebastián Coates afastou em cima da linha de golo um remate de Luis Díaz, naquela que estava a ser a melhor fase do Porto deste o apito inicial. À meia-hora, o domínio portista era ténue (52% de posse) e as duas formações registavam três remates cada, um enquadrado, bem como números semelhantes de acções com bola nas áreas contrárias (7-6).
- Muito bem o jovem Nuno Mendes nesta fase, a liderar os ratings com 6.1 – fruto de um remate, um passe para finalização, 34 acções com bola (máximo do jogo), dois dribles eficazes (100%) e cinco acções defensivas. E aos 34 minutos, Jovane Cabral, após canto da direita, cabeceou sem oposição, mas atirou por cima quando tinha tudo para facturar.
- Primeira parte muito disputada, equilibrada, mas nem sempre bem disputada, com dois golos anulados e duas excelentes ocasiões, uma para casa lado. O Sporting até rematou mais (5-4), enquadrou menos (2-1) e esteve menos bem no passe, com 74% de eficácia. Nesta primeira metade, o melhor em campo foi Otávio, com um GoalPoint Rating de 6.4. O brasileiro fez um passe para finalização, teve sucesso na única tentativa de drible, recuperou cinco vezes a posse de bola e somou cinco acções defensivas.
- Recomeço de jogo com mais Porto, a chegar aos 61% de posse de bola à passagem da hora de jogo. Ainda assim, não alterou a desinspiração geral, visto que desde o intervalo não se registaram quaisquer remates. O Sporting continuava com dificuldade em ligar jogo (70% de eficácia de passe), mas dominava nos duelos individuais, com superioridade em 66%.
- Aos 63 minutos, Fábio Vieira, com um extraordinário remate de fora da área, acertou com estrondo na barra da baliza leonina, no melhor momento da partida desde o descanso. Cheirava a golo, que surgiria aos 64 minutos. Canto da direita e Danilo Pereira, de rompante na área, cabeceou imparável, sem hipóteses para Luis Maximiano. Primeiro remate enquadrado do segundo tempo e aí estava o 1-0.
- O Sporting reagiu de pronto e recuperou rapidamente a posse de bola, atingindo os 51% na segunda parte à passagem do minuto 70. Contudo tinha pela frente a habitual solidez defensiva portista. Nesta fase as equipas tinham dois remates cada desde o intervalo, um enquadrado, e Danilo, devido ao golo, já saltara para a liderança dos ratings, com 7.0.
- Porém, aos poucos ficou notório que o Sporting tinha poucos argumentos ofensivos para entrar na área e incomodar Marchesín. Os dois remates realizados logo após o golo de Danilo foram casos únicos, nunca mais conseguindo visar a baliza contrária até final. Pelo contrário, num típico lance em que fugiu ao fora de jogo para surgir isolado, Marega recebeu um passe de Otávio, já nos descontos, e isolado fez o 2-0. Estava encontrado o campeão.
O melhor em campo GoalPoint
Está decidido. O Porto é campeão e, mais uma vez nos momentos importantes, Otávio Monteiro voltou a ser decisivo. O brasileiro foi o melhor em campo no Dragão, com GoalPoint Rating de 7.4. O ponto alto da exibição do criativo portista foi o passe para o 2-0, da autoria de Marega, mas no registo constam também dois passes para finalização, 87% de eficácia de passe, um passe de ruptura, dois dribles certos em três tentativas, nove recuperações de posse e quatro desarmes.
Jogadores em foco
- Danilo Pereira 6.9 – O médio portista estava a ter um jogo relativamente discreto quando subiu a um canto e cabeceou para o 1-0. Ao todo fez 18 passes, errou apenas um, recuperou sete vezes a posse de bola e somou cinco acções defensivas, com destaque para dois bloqueios de remate.
- Fábio Vieira 6.5 – O jovem portista não se amedronta com a dimensão e responsabilidade dos jogos e, após facturar nos dois encontros anteriores, esteve perto de repetir o feito, com um estrondoso remate ao ferro. Fábio criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, acertou 17 de 19 entregas e recuperou quatro vezes a posse de bola.
- Nuno Mendes 6.4 – O melhor “leão” do jogo. O jovem é um caso sério, tanto a defender, como a atacar, fazendo o melhor uso da sua compleição física e velocidade. Para além de dois passes para finalização, foi o jogador com mais acções com bola (86), completou as duas tentativas de drible e fez cinco intercepções, máximo da partida e da jornada.
- Mamadou Loum 6.3 – Uma das surpresas no “onze” portista e com acção positiva, nomeadamente a destruir jogo adversário. Loum recuperou sete vezes a posse de bola e só registou sete perdas em 45 acções com o esférico. Também somou 11 acções defensivas, com destaque para quatro intercepções.
- Cristian Borja 6.2 – O substituto de Acuña teve muito trabalho, mas esteve em bom plano, ganhando dois de quatro duelos aéreos defensivos e registando cinco desarmes, máximo do jogo a par de Mbemba.
- Moussa Marega 6.2 – O maliano gosta de marcar ao Sporting e voltou a fazê-lo num movimento que lhe é típico, a fugir ao fora-de-jogo. Marega enquadrou os seus dois remates e ganhou dois de cinco duelos aéreos ofensivos.
Resumo
[sc name=”assina” url=”https://goalpoint.pt/porto-sporting-liganos-201920_91220″ source=”GoalPoint” ]
Deixe um comentário