O anfitrião Brasil, ao vencer o Chile no desempate por grandes penalidades, e a Colômbia, que arredou o Uruguai com dois golos de um “super” James Rodriguez, marcaram hoje encontro nos quartos de final do Mundial2014.
Em Fortaleza, o “Mineirazo” falhou por centímetros, quando, com o prolongamento a acabar, aos 120 minutos, o ex-“leão” Mauricio Pinilla fez a bola bater com estrondo na barra da baliza de Júlio César e “estremecer” um país.
O sonho do “hexa” continuou vivo nesse instante e ganhou força pouco depois, no desempate por grandes penalidades, quando, com 3-2 para o Brasil, Gonzalo Jara voltou a acertar no “ferro” da mesma baliza, agora no poste esquerdo. O Brasil sobreviveu.
Antes, num jogo de enorme intensidade, os “canarinhos” marcaram primeiro, num de David Luiz, o seu primeiro, ao 40.º jogo pela seleção, a meias com o mesmo Jara que decidiu o jogo. Estavam decorridos 18 minutos.
O avanço dos anfitriões só durou, porém, menos do que um quarto de hora, já que, aos 32 minutos, Alexis Sanchez aproveitou um passe Vargas, depois de um desentendimento entre Marcelo e Hulk.
Até ao final, e num jogo pautado quase sempre pelo equilíbrio, o Brasil teve mais oportunidades de golo, mas nenhuma como aquele remate do suplente Pinilla, que esteve muito perto de vestir, 64 anos depois, a pele de um tal Alcides Ghiggia.
Com felicidade, que já o tinha acompanhado, com Portugal, na “lotaria” face à Inglaterra no Euro2004 e no Mundial2006, Luiz Felipe Scolari continua na rota de mais um título, depois de ter levado os “canarinhos” ao “penta” em 2002, então só com triunfos.
Colômbia à espera
O Brasil, que assegurou o “top 8” pela 17.ª vez em 20 presenças, desembaraçou-se com grandes dificuldades de um “vizinho” e, nos “quartos”, vai encontrar outro, uma Colômbia que se tem mostrado uma das formações mais fortes do Mundial2014, sob a liderança de um James Rodriguez em “super-forma”.
Depois de ter marcado – como Lionel Messi – em todos os jogos da fase de grupos, o jogador que trocou o FC Porto pelo AS Mónaco voltou a brilhar intensamente nos “oitavos”, arrumando o Uruguai com dois golos, aos 28 e 50 minutos. Já ninguém se lembra de um tal de Radamel Falcao.
O primeiro tento é um puro momento de génio, com um remate de primeira, sem deixar a bola cair na relva, depois de dominar com o peito, à entrada da área, e o segundo surge na conclusão de uma brilhante jogada coletiva, também com “dedo” de Jackson Martinez, titular depois do bom jogo no fecho da fase de grupos.
Depois de se encontrar em desvantagem, mais do que antes de isso ter acontecido, o Uruguai teve várias oportunidades para marcar, mas não foi eficaz, sentindo, talvez, a falta de Luis Suarez, banido pela FIFA, após a mordidela a Chiellini.
Diego Forlan tentou fazer do “Bota de Ouro” 2013/14 – a par de Cristiano Ronaldo -, mas viu-se que não era a mesma coisa, num conjunto que voltou a ter o benfiquista Maxi Pereira no “onze”: como em 2010, quase se despediu com um golo.
Os oitavos de final do Mundial2014 prosseguem no domingo, com mais um grande embate em perspetiva, entre Holanda e México, e outro impensável, no início da prova, que coloca frente a frente a Costa Rica e a Grécia, de Fernando Santos. Alguma fará história, pois nunca viram os “quartos”.
Futebol 365 /Lusa
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