O treinador assinou contrato com o Benfica por dois anos, até ao final da temporada 2021/22, anunciou o clube encarnado, esta segunda-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Jorge Jesus foi apresentado como novo treinador do Benfica, esta segunda-feira, numa cerimónia que decorreu no Benfica Campus, o centro de estágio das águias, no Seixal.
“A todos os presentes, muito obrigado por terem vindo. Agradecer ao presidente, novamente, por acreditar no meu trabalho, no que é a minha competência e da minha equipa técnica. Acredito no projeto do presidente, no presidente a 100% e no projeto que tem para a equipa do Benfica. Quero expressar o seguinte: vim para ganhar, estou habituado a ganhar, mas também vim para unir a nação benfiquista. É muito importante que todos os benfiquistas percebam o que têm por cima da águia: um, somos todos”, disse o treinador, citado pelo site Tribuna Expresso.
“Vim para o Benfica com a mesma vontade de ganhar quando fui apresentado pela primeira vez. Venho com a mesma convicção que estou num clube que pode proporcionar esses objetivos a qualquer treinador. Estou determinado e com muita vontade de ganhar coisas importantes para o Benfica. Não vim para o Benfica para me reformar. O presidente ofereceu-me quatro anos de contrato e disse que não. Quero um ano de contrato. Ele disse um não, dois pelo menos. Fizemos dois anos de contrato”, continuou.
“Não vim para melhorar o meu contrato, vim ganhar menos dinheiro do que ganhava no Flamengo. Vim porque acredito no projeto, nesta nação, e em todas as condições para fazer do Benfica grande, para voltar o prestígio internacional que o Benfica teve durante muitos anos. Quando saí daqui, ganhámos todos os objetivos que havia para conquistar. Neste momento, vim para o Benfica com essa convicção, sabendo que não sou o salvador. O salvador serão todos os benfiquistas e toda a estrutura que nos envolver.”
“Temos todas as condições para fazer uma equipa muito forte. Toda a estrutura do futebol, comandada pelo presidente, de certeza que vai reunir um leque de jogadores para fazermos uma grande equipa. E não vamos jogar o dobro, vamos jogar o triplo“, assegurou o técnico.
“Só um clube me poderia tirar do Brasil e o presidente convenceu-me a voltar a Portugal. Gosto de desafios difíceis. Este grande clube tem um historial, quem trabalhar nesta casa sabe que é difícil, mas é motivador. Aqui há capacidade estrutural para atingir os objetivos. Para sair de onde sair, onde me adoravam, tinha que ser convencido por algo que me trouxesse nova vontade e um desafio diferente. O presidente foi ao Brasil convencer-me que este era o desafio ambicioso para voltar a Portugal.”
“Não sou o mesmo treinador do que quando saí do Benfica. Estou diferente. Sou muito mais treinador do que quando saí. Tenho ideias muito mais valorizadas, não só para o Benfica, como também para o futebol português. Quando saí, dei uma entrevista em que disse que a linguagem do futebol em Portugal tem de mudar. E quem tem de liderar isso terá de ser o Benfica, porque tem capacidade para o fazer”, afirmou.
Jesus, de 66 anos, já tinha sido confirmado como novo técnico dos encarnados, a 17 de julho, dia em que rescindiu com o Flamengo, após conquistar seis troféus em pouco mais de um ano, incluindo a Taça Libertadores e o campeonato brasileiro.
O técnico luso regressa a um cargo que ocupou entre 2009/10 e 2014/15, período em que conquistou 10 títulos, nomeadamente, três campeonatos, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e cinco edições da Taça da Liga.
No total dos seis anos, o treinador, nascido na Amadora, a 24 de julho de 1954, somou 321 encontros pelos encarnados, conseguindo 225 vitórias, 52 empates e 44 derrotas, com 674 golos marcados e 249 sofridos.
Jesus começou a carreira no Amora, em 1989/90, e, depois, passou por Felgueiras, União da Madeira, Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães, Moreirense, União de Leiria, Belenenses e Sporting de Braga, antes de chegar à Luz.
Depois de se tornar o mais titulado treinador dos encarnados, que também levou a duas finais da Liga Europa, perdidas para Chelsea (2012/13) e Sevilha (2013/14), rumou ao Sporting, tendo passado, no estrangeiro, por Al-Hilal e Flamengo.
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