Noite histórica no Estádio da Luz. Em jogo dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, o Bayern goleou o Barcelona por impensáveis 8-2 – com 4-1 em cada uma das metades.
Um resultado que se tornou na noite mais negra de sempre da formação catalã na Europa e que só espanta quem não viu o jogou ou as estatísticas finais do encontro. Seguem-se Manchester City ou Lyon.
Não podia ter começado melhor o jogo para o Bayern que, aos quatro minutos, inaugurou o marcador. Thomas Müller passou a Robert Lewandowski, este devolveu e o primeiro rematou colocado para o 1-0, no primeiro disparo da partida.
Mas o Barcelona não perdeu tempo e chegou ao 1-1 logo ao minuto 7, numa infelicidade de David Alaba. Jordi Alba surgiu nas costas da defesa bávara, cruzou e o defesa austríaco, na tentativa de cortar, fez autogolo. E logo a seguir, Sergio Busquets atirou ao poste.
Jogo de loucos que prosseguiu, com ocasiões, futebol intenso e mais um golo aos 21 minutos. O Bayern voltou a fazer estragos na defesa catalã e Ivan Perisic consumou o 2-1, com um forte remate na esquerda da grande área, após assistência de Serge Gnabry.
Ao sexto remate dos alemães, segundo enquadrado, estes voltaram à vantagem no marcador, enquanto o Barça se limitada a dois disparos, mas ambos com boa direcção. A maior posse de bola (57%) de nada valia a Messi e companhia e os germânicos aproveitavam.
Aos 27 minutos o 3-1, desta vez marcado por Gnabry, isolado após assistência de Leon Goretzka. E logo a seguir à meia-hora, Thomas Müller fez o 4-1, após cruzamento de Joshua Kimmich.
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Estava a formar-se um verdadeiro escândalo no Estádio da Luz, num jogo entre equipas teoricamente do mesmo nível, mas se olhássemos só para os números, ignorando os emblemas, pareceria que se tratavam de duas formações de planos muito diferentes, em especial no remate, com o Bayern a esmagar por completo com 14 disparos contra três (3-7 em enquadrados).
Ao inverso do primeiro tempo, o segundo até começou com o Bayern a ter mais bola, mas o primeiro golo desta etapa complementar foi do Barcelona. No primeiro remate dos catalães desde o descanso, Luis Suárez reduziu para 4-2, aos 57 minutos, após assistência de Alba e de uma finta que “partiu” os rins a Jérôme Boateng (não é só o Messi a fazê-lo…). Mas a resposta não tardou.
Aos 63 minutos, Alphonso Davis fez o que quis de Nélson Semedo, entrou pela área junto à linha final e serviu Kimmich para o 5-2, ao quarto remate bávaro no segundo tempo, segundo enquadrado.
Era o descalabro completo da formação catalã, expresso em 21 remates do Bayern à passagem dos 74 minutos, contra somente seis do Barça, e também nos 3,9 expected goals (xG) dos alemães nesta fase do jogo.
Não espantou o 6-2, por Robert Lewandowski – já estranhávamos não ter “molhado a sopa” -, aos 82 minutos, após assistência de Philippe Coutinho, jogador que o Barcelona tem emprestado ao Bayern.
Difícil noite pior para os catalães? Não, porque logo a seguir foi o próprio Coutinho a fazer o 7-2… e o 8-2. Noite de sonho para o Bayern, de pesadelo para o Barcelona – a pior na História catalã -, num jogo que, para quem o seguiu e para quem olha para as estatísticas finais, compreende que foi de sentido único.
Resumo
Thomas Müller 9.5 – Que jogo de Müller! O atacante bávaro destroçou a defesa catalã e arrecadou um rating pouco visto nesta fase adiantada da prova. Foram dois golos em dois remates, uma assistência, cinco passes para finalização e uma movimentação e ocupação de espaços que o Barça nunca soube contrariar.
Joshua Kimmich 9.2 – Tremenda partida do lateral, que joga na ala, mas aparece em todo o lado. Um golo, uma assistências, estrondosos sete passes para finalização e cinco faltas sofridas, estes os principais números que garantiram um rating ao alcance de poucos.
Philippe Coutinho 7.7 – Só esteve 17 minutos em campo, mas o seu impacto foi enorme. O jogador brasileiro, emprestado pelo…. Barcelona ao Bayern, destruiu o que restava do Barça, com dois golos e uma assistência.
Luis Suárez 6.4 – O único jogador dos catalães que se salvou do naufrágio global da equipa, tendo mesmo sido o único com rating positivo (!) – Messi, por exemplo, não passou de 4.0 e Arturo Vidal, que disse “o Bayern não vai jogar contra uma equipa da Bundesliga, mas contra o Barcelona” na antevisão da partida, foi o pior em campo, com 3.0. O uruguaio fez um golo, enquadrou os três remates e realizou um passe para finalização.
Nélson Semedo 4.0 – Noite para esquecer do português, que foi “saco de pancada” de todos os que lhe apareceram pelo flanco, em especial de Alphonso Davies. Semedo ainda completou duas de três tentativas de drible e fez um passe para finalização, mas foi driblado três vezes, duas no primeiro terço.
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