Pela primeira vez nos seus 50 anos de história, o PSG estará numa final da Liga dos Campeões.
Na noite desta terça-feira, o emblema de Paris venceu o Leipzig por 3-0, graças aos golos de Marquinhos, Di María e de Bernat e voltará a pisar o relvado do Estádio da Luz no próximo domingo. Resta saber qual será o adversário: Lyon ou Bayern de Munique.
A exibição dos homens de Thomas Tuchel foi irrepreensível, dominaram por completo e apenas a espaços a equipa de Julian Nagelsmann deu uma pequena amostra do seu real valor.
Aos seis minutos, no primeiro remate dos parisienses na partida, Mbappé accionou Neymar que, isolado, atirou ao poste direito da baliza adversária. Nesta fase, o PSG tinha mais posse de bola – 62% versus 38% – e uma eficácia de passe de 87%. Após o primeiro aviso surgiu o golo. Decorria o minuto 13 quando, na sequência de um livre cobrado por Di María, Marquinhos cabeceou de feição e inaugurou o marcador.
Mbappé, assistido por Di María, desperdiçou soberana ocasião para dilatar a vantagem aos 16 minutos. Só dava PSG, que dominava por completo o encontro. Aos 25’, na melhor ocasião alemão, Poulsen, com tudo para empatar, não acertou no alvo. Na resposta, o livre marcado por Neymar ao minuto 35 embateu nos ferros, em mais uma ocasião dos franceses.
A pressão alta dos comandados de Tuchel voltou a dar frutos. A três minutos do intervalo. Gulácsi quis sair a jogar, Paredes aproveitou, recuperou a bola, Neymar assistiu de forma genial e Di María finalizou o lance e dilatou a vantagem. Instantes depois, num contra-ataque feroz, Neymar voltou a pecar na finalização naquele que foi o quinto remate do PSG.
Ao intervalo, a vantagem no marcador até poderia ser mais dilatada. O PSG vencia e convencia. Fruto de uma pressão asfixiante e coordenada – menção honrosa para Marquinhos, Paredes e Ander Herrera -, neutralizava as acções do Leipzig e respondia com constantes lances de ataque, quase sempre com o trio maravilha – Di María, Neymar e Mbappé – como interveniente.
Além dos dois golos, Neymar desperdiçou três ocasiões e os germânicos – que somente enquadraram um dos cinco remates que fizeram –, apenas aos 25 minutos estiveram próximos de marcar.
Nagelsmann arriscou. Entram Schick e Forsberg, saíram Nkunku e Dani Olmo. O Leipzig até deu sinais de vida, com dois remates, porém, quem marcou foram os contrários: Di María gizou a segunda assistência da noite – e a sexta nesta edição da prova – e Bernat, de cabeça, carimbou o 3-0 aos 56 minutos.
Com o jogo “no bolso”, o PSG foi controlando as incidências a seu bel-prazer, esteve sempre mais próximo de apontar o 4-0 do que propriamente consentir um golo e assegurou presença na final, algo que desde 2004 um emblema francês não alcançava na prova milionária. Nesse ano, o Mónaco perdeu ante o FC Porto de José Mourinho, Deco e companhia. Como será no domingo?
Resumo
Di María 9.3 – Di María ou Di Magia? O argentino esteve em todas, assistiu, marcou e voltou a assistir – Expected Assists (xA) de 1,4. O pé esquerdo, que por vezes parece uma colher, coloca a bola onde o camisola 11 quer. Dos 39 passes que fez, falhou apenas cinco (87% de eficácia), não falhou nenhum dos quatro dribles tentados, criou três ocasiões flagrantes em cinco passes para finalização e fez, ainda, quatro alívios.
Upamecano 5.6 – Longe de encantar como tinha feito nos quartos-de-final ante o Atlético de Madrid, onde foi soberano e imperial, desta feita o jovem central gaulês teve uma exibição mais “terrena”, não obstante isso foi o melhor elemento do Leipzig, com destaque para quatro desarmes e nove recuperações de posse.
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