A FIFA anunciou o encerramento do processo de investigação a Gianni Infantino, alegando que o líder do organismo “não violou” quaisquer normas éticas nas reuniões que manteve com Michael Lauber.
O Comité de Ética da FIFA anunciou esta quarta-feira o encerramento do processo de investigação ao presidente Gianni Infantino, alegando que o líder do organismo “não violou” quaisquer normas éticas nas reuniões que manteve com o procurador-geral suíço.
“Após analisar os documentos e provas, o presidente da câmara de investigação do Comité de Ética decidiu arquivar a queixa e encerrar o caso, face à ausência de indícios de qualquer violação do código de ética da FIFA”, pode ler-se no comunicado divulgado no site oficial da FIFA.
De acordo com o Comité de Ética da FIFA, e perante a “informação disponível até à data, nenhum aspeto da conduta analisada constitui uma violação dos regulamentos da FIFA, alguns dos quais nem se enquadram no código de ética ou sequer justificam a adoção de qualquer tipo de medidas, incluindo a suspensão temporária” de Gianni Infantino.
A Procuradoria da Suíça abriu um processo contra o presidente da FIFA devido a reuniões informais que manteve com o procurador-geral helvético Michael Lauber, que não declarou oficialmente a existência das mesmas e foi indiciado por “abuso de cargo público, quebra de sigilo, assistência e incitamento a infratores”.
Lauber apresentou a demissão de procurador-geral da Suíça, precisamente devido a várias reuniões informais com o presidente da FIFA, e foi retirado da investigação ao escândalo de corrupção que assolou o organismo em 2015, o denominado “FIFAgate”, por não ter declarado os contactos estabelecidos com Infantino.
O então procurador-geral foi sancionado com um corte salarial de 8% pelo Ministério Público da Suíça, por ter mentido e obstruído a investigação disciplinar de que era alvo. O Tribunal Administrativo Federal (TAF) acolheu parcialmente o recurso de Lauber, reduzindo o corte para 5%, mas o procurador acabou por se demitir.
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