O hacker Rui Pinto alega que descobriu indícios de que haveria um “esquema” envolvendo o FC Porto com o intuito de “financiar” a empresa do filho de Pinto da Costa, Alexandre Pinto da Costa, através de “falsos contratos de scouting e falsificando documentos”.
Estes dados constam do requerimento enviado pela defesa de Rui Pinto ao tribunal, contestando as acusações que são feitas ao pirata informático no âmbito do caso Doyen, cujo julgamento vai arrancar no próximo dia 4 de Setembro.
Rui Pinto é acusado de 90 crimes, mas a sua defesa pretende reduzir a acusação a 10 crimes, conforme destaca no requerimento enviado a tribunal.
No documento a que o Correio da Manhã (CM) teve acesso, Rui Pinto assegura que o primeiro alvo das suas “investigações” foi o FC Porto, o seu clube de coração.
Nesse âmbito, o hacker seguiu os rumores que existiam de que “poderia haver ligações” entre a Doyen e Alexandre Pinto da Costa. Foi assim que teve “acesso a um conjunto de contratos que revelavam um ‘esquema’ entre o FC Porto e Nélio Lucas, para financiar a empresa Energy Soccer que Alexandre Pinto da Costa detinha”, como cita o CM.
Nélio Lucas é um empresário que esteve ligado à Doyen e que acusou Rui Pinto de tentativa de extorsão após a divulgação dos chamados “Football Leaks”.
A defesa de Rui Pinto aponta no citado requerimento que a Energy Soccer recorria à “empresa maltesa Vela Management Limited”, através de “falsos contratos de scouting e falsificando documentos” no âmbito do tal alegado “esquema” de financiamento que envolverá o FC Porto.
Apesar desta denúncia, a justiça portuguesa nada fez, argumenta a defesa de Rui Pinto, frisando que as provas que o hacker recolheu foram utilizadas pela justiça suíça para sancionar elementos ligados ao universo do futebol daquele país.
No mesmo requerimento, Rui Pinto ataca a Doyen, considerando que não é uma empresa “séria” e que está envolvida num “gigantesco” processo de branqueamento de capitais em vários países.
A defesa de Rui Pinto também assegura que invadiu os servidores da sociedade de advogados PLMJ com o intuito de investigar a empresária Isabel dos Santos, garantindo que não tinha como alvo o Benfica.
Rui Pinto é o principal suspeito de ter “roubado” emails do clube, algo que ele sempre negou.
Entre as testemunhas de defesa arroladas pelos advogados de Rui Pinto estão figuras como Edward Snowden, Jorge Jesus e Ana Gomes, além do director nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves.
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