Leeds nomeou Kiko Casilla capitão apesar de o espanhol ter sido condenado por racismo

O guarda-redes do Leeds United, Kiko Casilla.

Os adeptos do Leeds United não gostaram do facto de Kiko Casilla, condenado por racismo na época passada, tivesse sido nomeado capitão no último jogo para a Taça da Liga.

O Leeds United foi, esta quarta-feira, eliminado na 2.ª ronda da Taça da Liga, após perder nas grandes penalidades frente ao Hull City. Resultado à parte, houve um outro fator que deixou os adeptos do Leeds revoltados. O guarda-redes espanhol Kiko Casilla foi nomeado capitão.

Esta não seria uma decisão polémica, não tivesse sido o jogador de 33 anos condenado por racismo na época passada. Casilla foi considerado culpado por insultos racistas contra Jonathan Leko, do Charlton.

Nem o antigo jogador do Real Madrid nem o clube emitiram um pedido de desculpas depois do sucedido, escreve a Tribuna Expresso. Para além de ser suspenso por oito jogos, Kiko Casilla foi também multado em 65 mil euros.

“Por favor, por que é que Kiko Casilla ainda está no Leeds, como é que ser culpado de racismo não viola o contrato, é um insulto pô-lo a jogar e nomeá-lo capitão”, escreveu um adeptos nas redes sociais.

“A única coisa que tem sido mal gerida no Leeds nos últimos seis a 12 meses é Kiko Casilla, independentemente das provas, uma vez culpado ele deveria ter sido dispensado e nunca capitanear o Leeds United”, disse um outro adepto do Leeds, que esta temporada regressou à Premier League.

https://twitter.com/lbertozzi/status/1306301732050423810

“Incompreensível que Bielsa [treinador do Leeds] dê a braçadeira de capitão no jogo de hoje a Kiko Casilla”, escreveu o jornalista da ESPN Brasil Leonardo Bertozzi, no Twitter.

Um porta-voz do Leeds veio já reagir à polémica: “Gostaríamos de esclarecer que não toleramos qualquer forma de discriminação no nosso clube e somos líderes na luta contra a discriminação na comunidade que nos envolve. No entanto, é importante reconhecer que o Kiko sempre negou ter feito qualquer comentário racista. O painel da FA baseou a sua decisão nas probabilidades e não em provas”.

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