O britânico Raymond Whelan, acusado de ser o fornecedor do esquema da máfia dos bilhetes do Mundial 2014 no Brasil, está foragido, informou esta quinta-feira a polícia civil do Rio de Janeiro.
Raymond Whelan é o diretor-geral da Match Services, empresa parceira da FIFA, que detém o direito de venda de bilhetes e pacotes da federação.
Segundo a polícia, Whelan fugiu para evitar a prisão, depois de a Justiça brasileira ter aceite a denúncia contra o britânico e outros 11 acusados de fazer parte do esquema.
A polícia revelou que quando, dando cumprimento ao mandato de prisão, se deslocou ao hotel Copacabana para deter Whelan, recebeu a notícia de que o britânico teria saído do hotel uma hora antes. Suspeita-se de que tenha sido avisado com antecedência.
Whelan, que nega ter participado na venda ilegal de bilhetes, tinha sido detido na segunda-feira, mas viria a ser libertado mais tarde com um habeas corpus.
Há suspeitas de que os envolvidos vendiam bilhetes de cortesia, oferecidos pela FIFA a ONGs, federações e jogadores, a preços que poderiam chegar a até 11 mil euros.
Segundo as investigações da polícia brasileira, os criminosos chegavam a lucrar cerca de 1 milhão de reais (330 mil euros) por jogo.
A polícia já apreendeu bilhetes, máquinas de cartões de crédito, dinheiro e computadores, e 12 pessoas já foram presas.
Investigadores da polícia civil revelaram esta segunda-feira que receberam telefonemas de vários países a oferecer ajuda nas investigações e dizendo que a Match Services já estava no seu radar.
ZAP / BBC
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