O presidente do Benfica afirmou, esta quarta-feira, que fará o seu último mandato à frente do clube encarnado, caso vença o ato eleitoral previsto para o final deste mês de outubro.
Luís Filipe Vieira apresentou, esta quarta-feira, a sua recandidatura à presidência do Benfica, numa cerimónia que contou com a presença do treinador Jorge Jesus, de vários dirigentes do clube, como Rui Costa e Luisão, e de atletas como Telma Monteiro e Fernando Pimenta.
“Tenho 71 anos, tenho a quarta classe, não falo inglês. Estou aqui para anunciar que me recandidato à presidência do Benfica e também para dizer que este será o meu último mandato”, afirmou o dirigente encarnado.
Perante uma plateia com mais de 200 apoiantes, Vieira disse que o “principal foco” dos próximos quatro anos de mandato “será a vertente desportiva”, mas também “a base e o ponto de partida” para superar o que feito na última década.
“Foi a segunda melhor década da nossa história no futebol, a melhor década da nossa história nas modalidades e a melhor década da nossa história no capítulo financeiro. Uma década em que reforçámos o nosso prestígio internacional, a nossa credibilidade, em que nos afirmámos como um dos melhores clubes a nível mundial. Uma década em que tivemos contas positivas em sete anos, repito, sete anos! É isto que quero que o Benfica supere na próxima década, e é para isso que vou trabalhar no meu último mandato”, vincou.
O presidente das águias, no cargo desde 2003, criticou quem afirma que a sua liderança está “em fim de ciclo”, considerando que o clube “está hoje mais preparado, dinâmico, forte, estruturado e vencedor do que alguma vez foi”, e defendendo “a continuação de um ciclo de sucesso”.
Para Vieira, o “Benfica é alma, é paixão, são os sócios, mas também tem de ser negócio”, ao contrário do que defendem alguns dos seus opositores: “Se o Benfica não for também negócio, não haverá nem sucesso desportivo, nem infraestruturas, nem formação, nem modalidades, nem medalhas olímpicas.”
O dirigente pediu “união”, admitiu erros durante os 17 anos em que está à frente do clube e salientou que o Benfica é “o clube português mais saudável do ponto de vista financeiro e mais preparado para enfrentar os próximos anos”, os quais, diz, vão ser “exigentes”.
“O Benfica é hoje dos clubes com maior credibilidade a nível mundial. Cumpre com os compromissos assumidos, não tem ordenados em atraso, nem modalidades em risco de desaparecer”, referiu, antes de assegurar que está de “consciência tranquila, porque as insinuações não são um facto e a justiça não se faz nos jornais ou nas televisões”.
No final do discurso, o presidente dos encarnados não escondeu a emoção, quando falou do pai. “O meu pai, onde estiver, de certeza que está orgulhoso do filho. Cumpri a promessa que lhe fiz quando assumi a liderança do Benfica. Recuperei a mística e a grandeza do Benfica, e isso é a melhor recompensa que posso ter destes 17 anos. Viva o Benfica!”, concluiu Vieira, em lágrimas.
As eleições do Benfica ainda não têm data marcada, mas deverão acontecer “entre 24 e 31 de outubro”, de acordo com os estatutos do clube.
Além do atual presidente encarnado e do já anunciado candidato João Noronha Lopes, também Bruno Costa Carvalho e Rui Gomes da Silva já manifestaram a intenção de se candidatarem.
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