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Estamos de volta a França.
Embora haja um português que, por estes dias, prefira estar de volta a Itália. Especialmente porque a sua camisola é diferente das outras, é da cor do jornal ‘La gazetta dello sport’. E isto no dia em que outro português ficou felicíssimo por estar numa volta a Itália, ao chegar à meta antes de todos os outros.
Mas voltemos a França, a Paris.
Há quatro anos e tal, estes jogadores foram campeões europeus ali. Estes jogadores…quer dizer, não são os mesmos onze. Metade da equipa é a mesma.
Mas a formação do Sporting, tal como em 2016, continua em força. Na final daquele Europeu, jogaram 10 futebolistas que cresceram de verde e branco. Agora estão… três? Só? E dos suplentes só jogou um.
Oh, antigos meninos do Sporting, por onde andam vocês agora?
No dia 10 de julho de 2016 aquele Estádio de França estava cheio; mais de 75 mil pessoas lá dentro. Desta vez o jogo não criou grande interesse, estavam apenas mil pessoas nas bancadas.
Voltemos ao onze inicial. Na frente temos Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e João Félix. E o Éder… O Éder? Ah, começa no banco, bate certo. Também não? Bom, assim não vamos ser campeões de nada, hoje!
Mas deixemos os periféricos. Esqueçamos 2016, estamos em 2020.
(quando é que entra o Éder?)
No relvado estão a seleção campeã do mundo e a seleção campeã da Europa. Provavelmente duas das três melhores seleções atuais de futebol.
O leitor pode designar a terceira.
Cenário diferente neste encontro, se recordarmos novamente a tal final do Éder. Portugal não deixou de defender bem mas agora tem mais qualidade dali para a frente. Sabem estar, sabem trocar a bola, sabem dar algum espetáculo. Não foram criadas grandes oportunidades – nem de um lado, nem do outro – mas a turma portuguesa esteve melhor durante a primeira meia hora.
Bom, meia hora. O Cristiano ainda não se lesionou? Assim não vamos ser campeões de nada, hoje!
A segunda parte foi mais inclinada para o outro lado, os gauleses aceleraram, pressionaram e poderiam ter marcado.
Do lado luso, perdas de bola frequentes, laterais sem subir muito, Bernardo cansado, Cristiano à procura da bola, William e Danilo, alternadamente, algo perdidos e a esquecerem-se de ir à bola.
Golo do Pepe! Não. Fora-de-jogo, por poucos centímetros. Logo a seguir saiu Giroud, que não conseguiu cumprir a sua missão no jogo: acertar no poste.
(e quando é que entra o Éder?)
Passam os minutos e vamos vendo que o 0-0 é para manter até final. Duelo bem atado, jogadores a cumprir taticamente, a mostrarem que sabem o que estão a fazer nesse nível.
Além disso, conhecem-se bem, estão habituados a defrontarem-se. Como disse, no final do jogo, João Félix, “estamos acostumbrados”.
Pouco perigo. Apesar de, perto do fim, termos visto aquelas duas tentativas perigosas de Renato e Cristiano. O capitão que, nos minutos finais, quase deixou de ter rapazes atrás a apoiar, percebeu o significado de estar sozinho lá na frente.
E de repente, a dois minutos do fim, três substituições na seleção portuguesa. Alguém percebeu esta? Ó amigo Fernando, eu nunca te disse isto mas hoje, por todos os Santos, isto é inacreditável!
Confirmado: 0-0. Ainda não fomos campeões de nada, hoje, mas fico à espera do prolongamento.
Quando é que entra o Éder?
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