Piqué renovou contrato com o FC Barcelona no mesmo dia em que assinou uma carta em que os jogadores criticam o presidente do clube pela redução salarial que quer impor.
A tensão entre a direção do FC Barcelona e os jogadores continua a acentuar-se. O jornal espanhol El Mundo escreve que há uma verdadeira guerra interna no clube catalão por causa da proposta de redução salarial.
Os jogadores não estão agradados com a ideia de sofrer um corte salarial e, numa carta assinada por Messi, Sergi Roberto, Busquets e Piqué, criticam o presidente Josep Maria Bartomeu.
“Não vamos tolerar que o clube viole os nossos direitos com os argumentos que apresentou, considerando que a única forma de atingir o seu objetivo é através da atuação conjunta de todos os grupos e setores do clube, reconhecendo ao mesmo tempo (…) que alguns desses grupos e setores já fizeram os ajustes salariais”, lê-se na carta.
“É-nos embaraçoso que tenham escrito que os nossos direitos estão garantidos, propondo-nos a eleição de um representante numa mesa de 13 membros, para que, na realidade, a nossa capacidade dissuasiva seja nula”, acrescentam os capitães do emblema catalão.
A situação piorou ainda mais, uma vez que um dos signatários da carta, Gerard Piqué, renovou contrato com o clube, precisamente no dia em que a carta foi enviada. O internacional espanhol está a ser acusado de traição por não ter agido em conformidade com as suas palavras.
Em entrevista ao La Vanguardia, o defesa central do Barcelona explicou a sua decisão: “São coisas diferentes. A título pessoal cada jogador é livre para aceitar voluntariamente a proposta que cada clube lhe fizer. Outra coisa é que te obriguem de forma unilateral e que façam as coisas como têm feito. Aí estou totalmente em desacordo”.
“Como capitão defendo os interesses da equipa. Somos um balneário unido, ainda que digam que não”, acrescentou.
Não obstante, Piqué criticou a atuação da direção do clube, censurando a forma como tratou os seus jogadores. “Como presidente teria agido de forma diferente. Pedi a Messi que aguentasse. Não falei muito com ele nesses dias porque acho que era uma decisão pessoal”, contou.
“Eu pergunto-me: como é que o melhor jogador da história se levanta um dia e tem de enviar um fax ao clube porque sente que não está a ser escutado? É tudo demasiado chocante. O que está a acontecer? Messi merece tudo. O novo estádio deve ter o seu nome, só depois o do patrocinador. Devemos preservar as nossas figuras, não desprestigiá-las. É uma situação que me deixa nervoso”, acrescentou.
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