A derrota caseira do Real Madrid contra o Shakhtar de Luís Castro mereceu um foco na análise: a defesa. Militão, ex-FC Porto, está no fundo.
Estreia do Real Madrid na Liga dos Campeões. Em casa (embora não seja no Santiago Bernabéu). O adversário era “só” uma equipa ucraniana, o Shakhtar Donetsk, que ainda por cima só viajou com 13 futebolistas do plantel principal. Tudo apontava para um jogo tranquilo para o campeão espanhol…mas Luís Castro ganhou por 3-2.
Na análise à maior surpresa da ronda inaugural da Liga dos Campeões, em Espanha aponta-se rapidamente para a defesa do Real e surge o aviso: “A Ramos-dependência é maior do que a Messi-dependência”, repetindo a ideia de que Sergio Ramos é fundamental na formação de Zidane. Sergio Ramos não jogou nesta quarta-feira porque se lesionou no compromisso anterior, diante do Cadíz.
Os números recentes confirmam essa teoria: nos últimos oito jogos que o Real Madrid realizou sem o seu capitão, perdeu sete e só ganhou uma vez (precisamente na Liga dos Campeões, em Brugge, há quase um ano). E foram 20 golos sofridos nesses oito jogos, uma média anormal de 2,5 golos encaixados por partida.
O jornal Marca escreve que há uma “sangria” do Real Madrid quando joga sem o defesa espanhol e que a mesma “cresceu de forma exponencial” por causa deste desaire caseiro diante do campeão ucraniano. O diário desportivo vai mais longe e acrescenta que, sobretudo desde que Cristiano Ronaldo saiu para a Juventus, o Real tem mostrado que “não sabe viver sem o seu líder espiritual” em campo.
Entre as várias derrotas dos “brancos” sem Sergio Ramos, surge o episódio mais insólito, em fevereiro de 2019. Aconteceu também na Liga dos Campeões, nos oitavos-de-final: na primeira “mão” contra o Ajax, o espanhol viu um cartão amarelo de propósito, aos 88 minutos. A ideia seria ficar de fora do segundo duelo com o Ajax, em casa, para jogar nos quartos-de-final. No entanto, o Real venceu na Holanda por 2-1…mas depois perdeu em casa por 1-4. Sem Sergio Ramos em campo.
Ex-FC Porto criticado
No mesmo jornal, são destacadas críticas a três jogadores. Um deles jogou no Benfica e outro jogou no FC Porto: Luka Jović, Éder Militão e Marcelo. Com os dois defesas mais no fundo. O título do artigo até salienta: com o nível destes três jogadores, não se pode lutar pela Europa.
O avançado não tem justificado a aposta de Zidane, sempre que joga. Esta pode ter sido a sua última oportunidade para ser titular, nos próximos tempos. Militão foi protagonista infeliz em dois dos três golos do Shakhtar e um dos seus erros é “intolerável”. Já Marcelo é o centro das críticas: “Não se pode contar com ele, ele não está cá. Está bom para jogar a Taça do Rei e pouco mais”.
Há outro ex-jogador do FC Porto que também não escapou às críticas: Casemiro. O médio está “desesperado” e o seu problema é mesmo “futebolístico”, não é de atitude – porque deixa tudo em campo.
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