Há mais de quatro anos que o “grande” de Alvalade não terminava uma ronda do campeonato no primeiro lugar (sem companhia). Ruben Amorim está a tentar mudar a história recente.
O Sporting chegou à liderança da I Liga, de forma isolada. Uma frase que, noutros tempos, seria repetida muitas vezes ao longo das épocas mas, nos últimos anos, essa frase tornou-se notícia. A goleada imposta ao Tondela por 4-0 colocou os “leões” sozinhos no primeiro lugar, confirmado pela derrota do Benfica no Estádio do Bessa, no dia seguinte.
A última vez em que uma jornada do campeonato terminara com o Sporting como líder isolado tinha sido no dia 12 de setembro de 2016.
A quarta jornada dessa I Liga versão 2016/17 terminou nesse dia e, dois dias antes, a 10 de setembro, o Sporting de Jorge Jesus derrotou o Moreirense por 3-0, fechando uma sequência de quatro vitórias em quatro jogos – a única equipa a conseguir esse registo. Eram 12 pontos, mais dois do que Benfica e Sporting de Braga, que curiosamente se cruzaram na Luz na jornada seguinte, num jogo com vitória do Benfica sobre os minhotos por 3-1. Nessa quinta jornada o Sporting perdeu no terreno do Rio Ave, igualmente por 3-1, e desceu para o segundo posto. Nunca mais terminou uma jornada na liderança, isolada. Nas últimas 16 jornadas ocupou (sempre) o terceiro lugar e foi nessa posição que fechou o campeonato.
Na época 2017/18 o Sporting, ainda com Jesus no comando da equipa, começou a temporada de forma imparável: seis vitórias nas seis primeiras jornadas. O problema para o Sporting é que o FC Porto igualou essa sequência e, por isso, nunca houve um líder isolado nessa meia dúzia de rondas iniciais. Igualou e superou: à sétima jornada o FC Porto continuou a ganhar mas o Sporting foi travado (1-1) em Moreira de Cónegos. Por coincidência, na oitava jornada, Alvalade recebeu um duelo entre Sporting e FC Porto, que terminou sem golos. Esse campeonato terminou com muitos problemas para o conjunto verde e branco: quando parecia que o segundo lugar não fugia, a derrota contra o Marítimo, no período de compensação do último jogo, deixou o Sporting sem o segundo lugar, sem a presença na Liga dos Campeões e com o episódio lamentável de Alcochete, logo a seguir.
Em 2018/19 o Sporting iniciou a época com José Peseiro e terminou, tal como nas duas épocas anteriores, no terceiro posto; mas também teve um início prometedor. À terceira jornada liderava a I Liga ao lado de Benfica, Feirense e Sporting de Braga. Quis o calendário que, entre a terceira e a quinta jornadas, o Sporting defrontasse precisamente estes três adversários, de forma consecutiva: empatou na Luz, ganhou em casa ao Feirense (continuando como um dos líderes à quarta jornada) mas na quinta ronda perdeu em Braga. E nunca mais voltou ao primeiro lugar.
Na temporada passada, que terminou com uma descida ao quarto lugar também na última jornada (o Sporting de Braga subiu ao pódio), o Sporting era líder no final da terceira ronda, mas com a companhia de um surpreendente Famalicão. Na quarta jornada perdeu em casa contra o Rio Ave e desceu imediatamente para o sétimo posto, embora com os mesmos pontos do quinto classificado. Marcel Keizer (ainda) era o treinador nesse desaire caseiro.
Fazendo as contas: foram mais de quatro anos e 137 jornadas consecutivas sem vermos o Sporting como líder isolado do campeonato, no final de uma jornada. Até que Rúben Amorim, com ajuda boavisteira, mudou esse cenário.
(artigo atualizado após a vitória do Boavista sobre o Benfica por 3-0)
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