Gulit, Seedorf e van Dijk. Suriname é a maior fábrica de talentos da seleção holandesa

Virgil Van Dijk

Ruud Gullit, Clarence Seedorf ou Virgil van Dijk são três dos muitos jogadores que poderiam ter optado por representar a seleção do Suriname. A realidade pode estar agora a mudar.

Suriname está longe de ser uma seleção competitiva no panorama do futebol mundial. O pequeno país localizado na costa nordeste da América do Sul tem uma população de apenas 580 mil habitantes. O seu único título foi conquistado no Campeonato de Nações da CFU em 1977, uma competição apenas disputada por seleções das Caraíbas.

A Holanda tem um forte contingente de 300 mil surinameses, mais de metade da população do país sul-americano. Naturalmente, muitos acabam por escolher representar a ‘laranja mecânica’, mas nem todos têm o talento para jogar por uma seleção tão prestigiosa. Seria de pensar que, face a isto, optassem por jogar pelo Suriname – mas esse não é o caso.

O Suriname desencoraja a dupla cidadania e os jogadores surinameses-holandeses que adquiriram um passaporte holandês são impedidos de representar a seleção sul-americana.

É pouco provável que conheça algum jogador que represente a seleção do Suriname, já que é maioritariamente recheada de jogadores do campeonato nacional amador. Em contrapartida, é certo que conhece uma série de jogadores nascidos lá ou de ascendência surinamesa.

Ruud Gullit, Frank Rijkaard, Edgar Davids, Clarence Seedorf, Patrick Kluivert, Aron Winter e Jimmy Floyd Hasselbaink são alguns jogadores retirados que poderiam ter representado a seleção do Suriname. Todos eles representaram a seleção holandesa.

Mesmo na atualidade, a quantidade de jogadores que poderiam representar a seleção do Suriname é longa e cheia de qualidade.

 

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Michel Vorm (Tottenham), Virgil van Dijk (Liverpool), Jeffrey Bruma (Wolfsburgo), Stefano Denswill (Bolonha), Sergiño Dest (Barcelona), Jaïro Riedewald (Crystal Palace), Denzel Dumfries (PSV), Sean Klaiber (Ajax), Giorgino Wijnaldum (Liverpool), Ryan Gravenberch (Ajax), Xavi Simons (PSG), Calvin Stengs (AZ Alkmaar), Javairó Dilrosun (Hertha), Donyell Malen (PSV), Quincy Promes (Ajax), Steven Bergwijn (Tottenham), Justin Kluivert (RB Leipzig) e Ryan Babel (Galatasaray) são algumas das estrelas que poderíamos ver a representar o Suriname.

Jogadores como Wijnaldum, Lens e Promes já doaram fundos, chuteiras e outros recursos para ajudar o país a crescer no palco do futebol.

As regras de cidadania são o maior obstáculo para este pequeno país, mas pode haver uma luz ao fundo do túnel, realça o COPA90. Em outubro, um acordo foi fechado com o Governo de forma a alterar a interpretação da lei de cidadania, permitindo que jogadores com raízes surinamesas jogassem pela seleção nacional.

Isto permitiu que jogadores como Nigel Hasselbaink, sobrinho do antigo avançado do Boavista e do Campomaiorense, Jimmy Floyd, pudesse representar a seleção do Suriname. Pela primeira vez desde 1985, a seleção qualificou-se para a CONCACAF Gold Cup.

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