Da lição em campo ao baile histórico. As reações à goleada da Espanha frente à Alemanha

A Espanha juntou-se esta terça-feira à França na final four da segunda edição da Liga das Nações em futebol, ao golear a Alemanha por 6-0, em Sevilha, na sexta e última jornada do Grupo 4 da Liga A.

Ferrán Torres, que conseguiu um hat-trick, aos 33, 55 e 71 minutos, Álvaro Morata, aos 17, Rodri, aos 38, e Mikel Oyarzabal, aos 89, marcaram os golos dos espanhóis, que precisavam de ganhar para garantir um lugar na fase final, em outubro de 2021.

A formação de Luis Enrique venceu o Grupo 4 com 11 pontos, contra nove da Alemanha.

No final da partida, Toni Kroos, jogador alemão que alinha pelo Real Madrid, não escondeu o descontentamento e falou numa “lição” para a seleção alemã.

“Espanha deu-nos uma lição em tudo, a jogar com ou sem bola. Não chegámos a entrar no jogo em termos defensivos. Nada funcionou. O problema foi a tática utilizada”, lamentou Kroos, em declarações reproduzidas pelo diário AS.

O selecionador alemão, Joachim Low, falou num dia negro para a seleção alemã, dizendo não saber explicar o que aconteceu em campo. “Não sei o que aconteceu à equipa. Quase não tivemos oportunidades e não ganhámos um duelo (….) Na segunda parte tentámos pressionar alto para marcar e regressar ao jogo, mas a Espanha jogou muito melhor do que nós, foram muito mais rápidos e eficazes”.

Também a imprensa desportiva desta quarta-feira não ficou indiferente à derrota pesada da Alemanha frente à Espanha: os espanhóis falam de uma noite histórica, ao passo que os alemães referem um desastre que pode pôr o lugar do selecionador em causa.

O Mundo Deportivo fala em “Baile Histórico” e o AS escreve “Espancamento Histórico“.

“Exibição Histórica ante a Alemanha”, continua o jornal Marca, citado pelo Sapo Desporto, e o Sport diz simplesmente que foi “À Grande!”.

“Desastre contra a Espanha”, escreve o jornal alemão Bild, dando conta que o lugar do selecionador Joachim Low pode estar em causa e que apenas dois jogadores se salvaram neste jogo. “Não vai funcionar”, pode ler-se na capa do “Die Zeit”, que aponta a porta da saída a Löw e acrescenta que os adeptos alemães desejam “um novo começo”.

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