A autoridade maltesa de combate ao branqueamento de capitais multou a empresa de serviços fiduciários Credence em 261 mil euros devido a diversas falhas no cumprimento das obrigações legais em matéria de prevenção do branqueamento.
A Credence foi a empresa usada por Nélio Lucas para criar e administrar a Doyen Sports, escreve a Tribuna Expresso.
A autoridade maltesa concluiu que clientes da Credence falharam várias obrigações a que estavam sujeitas, por exemplo na verificação da documentação de um dos beneficiários efetivos de uma empresa sua cliente.
Em dois dos casos, a Credence apenas verificou o endereço dado pelos beneficiários dos seus clientes vários meses depois de começar a trabalhar com elas.
A empresa também falhou na monitorização e reporte de transações e empréstimos de vários milhões de euros, que não tinham suporte documental, escreve o semanário.
O ex-presidente da Doyen disse esta terça-feira em tribunal, no âmbito do julgamento do caso Football Leaks, que não se recorda das circunstâncias e detalhes dos empréstimos que o fundo fez à SAD do FC Porto.
O advogado de Rui Pinto questionou Nélio Lucas sobre o facto de os ‘dragões’ terem contabilizado um empréstimo de 3 milhões de euros do Banco Carregosa, banco com o qual a Doyen trabalhava em Portugal, sendo que aquele valor coincidia com o de um empréstimo da Doyen ao clube.
“Como é que a operação foi feita? Não me recordo”, respondeu Nélio Lucas. “Não tive [intervenção no empréstimo]. Não fui eu que o fiz, não o assinei, não me recordo”.
À saída do tribunal, confrontado pelos jornalistas sobre o momento em que foi questionado sobre o empréstimo, o ex-presidente da Doyen disse que “a memória não é de ferro”.
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