As opiniões sobre a situação delicada do campeão espanhol, o possível sucessor de Zidane, o receio italiano por um “arranjinho” com o Borussia e a eventual mudança para a Liga Europa: há muito assunto a rodear o Real Madrid.
O Real Madrid voltou a perder na Liga dos Campeões e, novamente, diante do Shakhtar Donetsk. Tal como em Espanha, a equipa de Luís Castro levou a melhor sobre o conjunto espanhol, desta vez vencendo por 2-0 na Ucrânia, na quinta jornada do Grupo B da competição.
São 15 jogos disputados pelo Real, desde o início da temporada, e a equipa de Zidane não venceu nem metade: sete vitórias, três empates e já cinco derrotas. O Real Madrid perdeu um terço dos encontros oficiais desta época, até agora. E o panorama mais recente é ainda menos animador: no último mês e meio, foram 11 jogos disputados e somente quatro vitórias – apenas uma nas últimas cinco partidas.
Motivos? Cristiano é um deles…
Na Liga dos Campeões o apuramento está complicado (já lá vamos) e na liga espanhola o campeão está no quarto lugar, já a sete pontos do líder, o vizinho Atlético de Madrid – que, no entanto, tem mais um jogo realizado.
O que originou estes números invulgares no gigante do futebol mundial? O jornal Marca quis saber opiniões de vários jornalistas espanhóis ligados ao futebol e, além do presidente Florentino Pérez e do treinador Zidane, há um nome que foi repetido nestas declarações: Cristiano Ronaldo, que deixou o clube há quase dois anos e meio.
Roberto Palomar, do próprio diário desportivo Marca, divide a responsabilidade entre presidente, treinador e jogadores, mas reforça que o problema principal do Real Madrid é a “falta de golos”. Falta eficácia ofensiva. Falta Cristiano Ronaldo, que fez diminuir o número de golos marcados e “a energia noutras linhas”, segundo o jornalista.
Felipe del Campo, do canal Gol, defende a renovação de um plantel “esgotado”, onde falta um goleador capaz de resolver jogos. “A saída de Cristiano foi mais determinante do que muitos acreditam”, acrescenta.
Maldini, da Movistar, culpa o presidente pela saída do português, que nunca foi ultrapassada, mas avisa: “O plantel é claramente pior do que noutros anos e não é só por causa da saída do Cristiano”. Já Juan Carlos Rivero, da TVE, acredita que o Real “ainda não se recuperou” da saída de Cristiano Ronaldo e os reforços mais recentes nada trouxeram ao plantel.
Se Zidane sair, quem entra?
Zidane está na história do Real Madrid. Além dos seus feitos e títulos enquanto jogador, foi (e é) o único treinador a conduzir uma equipa ao título europeu em anos consecutivos, desde que há Liga dos Campeões. Venceu o torneio três vezes seguidas, foi campeão espanhol há poucos meses mas, agora, há muitas críticas às suas escolhas ao longo da presente temporada.
A direção do Real não quer afastar o treinador mas, caso as exibições e os resultados não mudem, o francês sairá e há dois nomes fortes apontados à sua sucessão: Mauricio Pochettino será o favorito e Raúl González, outro homem da casa, a alternativa. Pochettino está longe do futebol há mais de um ano, Raúl é treinador da equipa B do Real Madrid.
Milão não quer empate
Voltando às contas da Liga dos Campeões, a uma jornada do final, o Grupo B é liderado pelo Borussia Mönchengladbach, que tem oito pontos; Shakhtar e Real somam sete e o Inter Milão tem cinco pontos. Ou seja, todas as equipas ainda podem qualificar-se para os oitavos-de-final, quando só falta uma jornada.
Nessa última ronda, o Inter vai receber o Shakhtar, enquanto Real e Borussia se vão encontrar em Madrid. O que se teme em Milão? É que, se o Inter vencer a turma de Luís Castro, um empate entre Real Madrid e Borussia Mönchengladbach qualifica estas duas equipas e coloca o Inter na Liga Europa. Por isso, teme-se um “arranjinho”, caso se verifique que o Inter tem a vitória assegurada (os dois jogos vão começar à mesma hora).
Ir ou não à Liga Europa?
Novo debate: se o Real Madrid não conseguir o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, é preferível ficar no terceiro lugar e jogar a Liga Europa em 2021, ou ficar no quarto lugar e deixar as competições da UEFA?
Delfín Melero, do jornal Marca, considera que é melhor ser quarto do que terceiro, do que cumprir um “flagelo” de jogar à quinta-feira na Europa. No entanto, da rádio Marca surge a opinião de Miguel Ángel Toribio, que comentou que disputar a Liga Europa até seria bom para rodar o plantel, para que outros jogadores se mostrem em alto nível, num ano de Europeu.
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