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– Eles pressionam o árbitro.
– Eles condicionam os árbitros.
Falas tu ou falo eu? Ninguém fala. Vamos é ver os nossos jogadores a jogar, que é isso que interessa. Está, está frio. Sim, estamos no Norte e hoje esteve quase sempre a chover. Mas percebe-se. É a chuva de dezembro a compensar a chuva de novembro, que quase nunca caiu.
Há poucos dias encontrámo-nos aqui e houve sete golos. Não se espera um festival de redes a abanar, mas espera-se ver novamente dois conjuntos a procurarem a baliza adversária.
O FC Porto quer ganhar a Taça de Portugal outra vez, por isso quer vencer este jogo, por isso quer avançar, atacar.
O Tondela sonha ir ao Jamor, por isso não se vai enfiar na defesa. E não se enfiou. Apesar de a maioria dos titulares neste domingo não ter sido titular no outro sábado. E apesar de, ainda antes dos cinco minutos, já estar a perder, devido ao joelho de Taremi.
Mas o treinador dos visitantes já tem deixado a ideia: não vamos ficar fechados, apesar do confinamento. Eu não vou ficar trancado.
Quem não tranca, ataca. E o Tondela atacou, chegando ao empate aos 19 minutos, por João Mendes. Um goleador nada habitual, já que João nunca tinha marcado. Mas cinco minutos depois, lá apareceu um goleador habitual: Marega fez o 2-1 e marcou pela quinta vez num FC Porto-Tondela.
Bom, isto com 25 minutos… Ainda nem isso. E já vimos três golos? Lá vamos para um 4-3 outra vez! Rimou e tudo, amigos leitores.
Não houve mais golos até ao intervalo, afinal. Mas assistimos a uma primeira parte com espaços, com a bola a rondar ou a entrar nas duas áreas. Interessante. Vamos lá ao segundo tempo para mais espetáculo.
Qual espetáculo?
Após o descanso, deve ter havido mais cenas espetaculares nas salas de cinema do centro comercial ali ao lado do que dentro do Estádio do Dragão. As salas de cinema estão abertas? Nem sei.
Segunda parte fraca, para adormecer, quase sem oportunidades de perigo. Os jogadores serão outros? Fizeram 22 substituições ao intervalo e ninguém avisou? O que se passa?
O Tondela não se trancou mas deu a sensação, em alguns momentos, que o FC Porto é que se tinha trancado. Bom, quem quase não sofre golos contra os estrangeiros, também quer mostrar que sabe não sofrer golos contra os portugueses.
O Tondela teve mais posse de bola, teve a ideia de atacar mais; mas só a ideia. Pouca criatividade, poucos rasgos, poucos sustos para Diogo Costa. Só mesmo em cima do minuto 90′, um jovem com nome complicado quase prolongava o son…o jogo.
Depois da partida, os dois treinadores não dialogaram. No futebol criam-se amizades que ficam para sempre.
Este não é o caso.
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