“Nem drogas nem álcool”. Revelada a causa da morte de Maradona

A morte de Diego Armando Maradona não esteve relacionada com drogas ilegais ou álcool. Foram-lhe dados psicofármacos que podiam não ser “adequados”.

A imprensa argentina revelou os resultados da autópsia de Diego Maradona, na qual as autoridades não encontraram indícios de drogas ilegais ou álcool na altura da morte. A autópsia revelou que Maradona faleceu “de edema agudo do pulmão secundário e de uma insuficiência cardíaca crónica”.

A agência noticiosa argentina Télam avança que, por sua vez, foram encontrados “psicofármacos” no sangue e na urina do ex-futebolista.

“Venlafaxina, quetiapina, levetiracetam e naltrexona” são, de acordo com os especialistas, arritmogénicos, “ou seja, produzem arritmia” e podiam não ser “adequados para um paciente com problemas cardíacos crónicos”, escreve a Tribuna Expresso.

“O que davam a Maradona eram psicofármacos e nenhum medicamento para a sua condição cardíaca”, explica um dos investigadores. Nenhum deles é considerado ideal para tratar “uma miocardiopatia dilatada”.

Os investigadores dizem ainda que o peso do coração de Maradona era de 503 gramas, “cerca do dobro do peso normal”. O fígado do argentino apresentava um “quadro cirrótico provável”, os pulmões tinham uma “rotura de septos alveolares” e um “foco com edema intra-alveolar”, já os rins mostraram uma “necrose tubular aguda”.

Horas antes de ser conhecido publicamente o resultado da autópsia de Diego Maradona, a sua filha mais nova, Gianinna Maradona, através do Twitter, atirou-se às pessoas que pensavam que drogas ou álcool tinham sido responsáveis pela morte de ‘El Pibe’.

“Todos os filhos da p*** à espera que a autópsia do meu pai tenha drogas, marijuana e álcool. Não sou médica e via-o muito inchado. A voz robótica. Não era a voz dele. Estava a acontecer e eu é que era a louca desequilibrada”, escreveu a ex-mulher do futebolista de Sergio Agüero.

https://twitter.com/gianmaradona/status/1341465205218439168

[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ]


Comentários

11 comentários a ““Nem drogas nem álcool”. Revelada a causa da morte de Maradona”

  1. Avatar de de mal a pior
    de mal a pior

    Se não morreu do mal, morreu da cura, assunto resolvido! Como futebolista foi enorme, como homem pouco valeu, que descanse em paz e que o seu trajeto por cá sirva de reflexão para muitos de nós.

    1. Não digas que como homem pouco valeu porque a autópsia comprovou que ele tinha um grande coração.

      Lamento a piada de humor negro e para alguns de mau humor… mas não resisti 🙂
      Nunca estive com ele, não o posso avaliar como homem, mas como jogador marcou uma época.

      1. Avatar de de mal a pior
        de mal a pior

        Boa! Como homem também parece ter tido a sua parte positiva, mas infelizmente a negativa parece ter suplantado a primeira, por vezes o dinheiro é traiçoeiro quando a pessoa é fraca de carácter.

      2. Avatar de Bate, Bate coração
        Bate, Bate coração

        Olha que a hipertrofia cardíaca está associada à prática de muitos desportos aeróbicos de forma regular (corrida, natação, ciclismo, futebol…) e não constitui uma deficiência, antes pelo contrário. Geralmente é resultado da hipertrofia do ventrículo esquerdo em consequência da necessidade de bombear uma grande quantidade de sangue para os músculos durante a prática desportiva. Em repouso, geralmente está associada a frequências cardíacas abaixo dos 60 batimentos por minuto. E há casos até de 30 batimentos por minuto (penso mesmo que havia um ciclista que tinha apenas 27).

  2. Avatar de Brick is back
    Brick is back

    Venlafaxina, quetiapina, levetiracetam e naltrexona são drogas, pelo menos a venlafaxina e´bem pior que qualquer uma das dorgas pesadas que andam por aí. Coitado, como ele há muitos por aí a bater a bota com estes psicofármacos, nome chique para droga.

  3. Avatar de Carlos Martins
    Carlos Martins

    ‘Edema agudo do pulmão secundário’. Gostava de obter uma tradução disto para português.

    1. Caro leitor,
      Obrigado pelo reparo.
      A expressão usada foi alterada para “edema pulmonar agudo secundário”.
      Caso tenha sugestão melhor, agradecemos o seu contributo.

      1. Avatar de Joaquim Freitas
        Joaquim Freitas

        A diferença é grande, ZAP. Uma coisa é termos o pulmão secundário com um edema (acumulação de líquidos num tecido corporal), outra coisa é termos um edema pulmonar como sendo algo secundário, porque aí, não é o pulmão que está em jogo, mas sim a própria doença – que, lembro, não pode existir no vazio.

        A questão semântica é muito importante quando fazem referência a problemas em órgãos humanos, ou outros.

        1. Caro leitor,
          Obrigado pelo seu reparo, que tem todo o cabimento.
          Na dúvida, optámos por manter a expressão original, tal como a encontramos na fonte que citámos.

          1. Avatar de Joaquim Freitas
            Joaquim Freitas

            Muito bem! Estou mais esclarecido.

            Obrigadíssimo!

    2. Avatar de Venha a próxima
      Venha a próxima

      Todos nós temos dois pulmões. Um primário e outro secundário, este último apenas utilizado enquanto pneu suplente. Neste caso o furo deu-se no pneu suplente 😉

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