O Ministério Público brasileiro anunciou a abertura de um inquérito à alegada festa de passagem de ano organizada pelo futebolista no Rio de Janeiro.
O procurador do Rio de Janeiro disse, esta quarta-feira, em comunicado, que tinha aberto uma investigação depois de ter recebido “várias queixas, baseadas em informações divulgadas pela imprensa, sobre eventos organizados pelo jogador Neymar”.
O procurador pediu à estrela da seleção do Brasil e atacante do Paris Saint-Germain, assim como ao condomínio onde se situa a moradia e outro complexo residencial próximo, que fornecesse “detalhes urgentes” sobre “o número de convidados, organização das festas e quaisquer medidas de saúde tomadas”.
Um assessor do jogador, contactado pela agência de notícias France-Presse (AFP), disse desconhecer se Neymar celebraria o dia de Ano Novo na casa em Mangaratiba, uma estância balnear a 130 quilómetros do Rio de Janeiro, ou se ficaria em Santa Catarina.
O jogador, que se manteve em silêncio até agora, publicou uma fotografia com um amigo num iate na praia de Santa Catarina, no sul do país.
O evento, que teria entre 150 a 500 convidados, desencadeou uma onda de críticas, numa altura em que os especialistas recomendam que os contactos sejam limitados para evitar que a pandemia se agrave.
Legalmente, o estado do Rio de Janeiro não proíbe festas em casas particulares e a autarquia de Mangaratiba admitiu, em comunicado, que “não tem o poder” de intervir.
De acordo com o Diário de Notícias, que cita o portal brasileiro Terra, os convidados da alegada festa estão a chegar por via aérea para conseguirem escapar às barreiras sanitárias atualmente em vigor.
Os convidados têm escolhido a pista de espaço reduzido para aeronaves de pequeno porte no condomínio Aero Rural Bom Jardim, em Mangaratiba, para aterrar os aviões bimotores e os helicópteros.
Poucos têm sido aqueles que têm usado carro, uma vez que a determinação do governo local é que só consegue entrar no município quem é residente, proprietário de um imóvel nesta localidade ou quem tenha comprovadamente uma reserva num empreendimento turístico.
A polémica com a festa acontece numa altura em que o Brasil já registou quase 194 mil mortes associadas à covid-19, em mais de sete milhões de casos de infeção.
[sc name=”assina” by=”ZAP” source=”Lusa” ]
Deixe um comentário