A documentação apreendida na operação “Fora de Jogo” levou as autoridades a investigarem dezenas de negócios que envolvem um valor superior a 500 milhões de euros.
A operação “Fora de Jogo” implicou buscas em várias entidades ligadas ao universo do futebol e levou à constituição de 47 arguidos, entre os quais jogadores de futebol, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos.
Em março do ano passado, o Ministério Público fez 76 buscas, incluindo às SAD do SL Benfica, Sporting CP e FC Porto. Luís Filipe Vieira, Frederico Varandas e Pinto da Costa foram constituídos arguidos, assim como o empresário Jorge Mendes e os presidentes do Sporting de Braga, Vitória de Guimarães, Portimonense, Marítimo e Estoril.
O Jornal de Notícias avança esta segunda-feira que os negócios sob suspeita do Fisco já chegam aos 500 milhões de euros. Os inspetores tributários estão a investigar a documentação apreendida aquando das buscas e suspeitam de fuga ao Fisco e branqueamento de capitais em dezenas de negócios.
Os inspetores da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais da Autoridade Tributária (DSIFAE/AT) têm o objetivo de passar a pente fino todos os negócios realizados por 14 agentes e intermediários no mundo do futebol.
“No inquérito investigam-se negócios do futebol profissional, efetuados a partir do ano de 2015, e que terão envolvido atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado, através da ocultação ou alteração de valores e outros atos inerentes a esses negócios com reflexo na determinação das mesmas prestações”, escreveu a Procuradoria-Geral da República, em março do ano passado.
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