Carvalhal explica porque é que disse “não” ao Flamengo

Carlos Carvalhal explicou, em entrevista ao Esporte Interactivo, porque é que recusou o convite para treinar os brasileiros do Flamengo. “Não foi uma questão de não querer, foi não poder”, explicou o técnico, que agora orienta o SC Braga.

Em entrevista ao canal brasileiro, o treinador português explicou que se viu obrigado a dizer “não” ao lugar deixado por Jorge Jesus no Flamengo por causa da sua família,

“Antes de mais, quero dizer que não se recusa um clube como o Flamengo. É um dos melhores clubes do mundo e só uma circunstância especial faz um treinador não poder aceitar um convite destes. Não foi uma questão de não querer, foi não poder”, disse.

“Apresentaram-me o projeto numa reunião em Lisboa e fiquei encantado. Estava entusiasmado e decidido a aceitar o convite, mas surgiu um contratempo”.

“Já trabalhei na Grécia, nos Emiratos Árabes Unidos, em Inglaterra e na Turquia e nunca viajei contra a vontade da minha família. Foi sempre com a concordância [da minha família]. Desta vez, e devido à covid-19, criou-se impasse“, continuou, dando conta que a sua família foi o principal motivo pelo qual rejeito o convite.

“Houve muita resistência e não posso sair de casa sem a concordância da minha família. Por muito bom que seja o projeto e até a questão financeira, que é o menos importante, não podia fazer isso. Fiquei extremamente desapontado. Há situações na vida que transcendem a nossa vontade. Não foi possível naquele momento, as circunstâncias no futuro podem mudar e quem sabe se amanhã não poderei trabalhar no Brasil”, confessou.

Já em agosto do ano passado, o treinador do SC Braga admitiu, em declarações ao BT Sport, que foi muito difícil rejeitar o convite do clube do Rio de Janeiro.

“Foi difícil dizer que não ao Flamengo. Não só pela proposta, mas por causa do futebol e do clube. É um dos maiores do mundo, é o maior da América do Sul… Há momentos na vida em que temos de tomar decisões e esta foi uma dessas vezes”, explicou.

Ainda ao Esporte Interactivo, revelou que esta não foi a primeira vez que recebeu uma proposta de um clube brasileiro: quando estava no Rio Ave, recebeu também uma proposta do RB Bragantino de São Paulo.

“Fui contactado e tivemos umas reuniões. Nessa altura estava no Rio Ave. Falámos sobre as ideias e formas de jogar que pretendiam para o clube. Na altura fiquei animado, mas depois o timing fugiu. Estava apostado em fazer algo único no Rio Ave e conseguimos, com a melhor pontuação de sempre do clube e um lugar na Liga Europa”, concluiu.

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