Gilberto, Vertonghen, Grimaldo, Diogo Gonçalves e Waldschmidt infetados

Os futebolistas do Benfica Gilberto, Vertonghen, Grimaldo, Diogo Gonçalves e Luca Waldschmidt são os mais recentes casos positivos ao novo coronavírus no plantel do Benfica, informou esta terça-feira o clube da Luz.

“O Sport Lisboa e Benfica informa que foram detetados cinco casos positivos nos mais recentes testes de diagnóstico covid-19 realizados no futebol profissional. Gilberto, Vertonghen, Grimaldo, Diogo Gonçalves e Waldschmidt testaram positivo ao novo coronavírus”, indica o Benfica no seu site oficial.

O clube já tinha informado terem sido detetados 17 casos de infeção pelo novo coronavírus entre jogadores, equipa técnica e staff’no decurso dos testes de despistagem realizados desde sábado, e entre os quais o caso do presidente Luís Filipe Vieira.

Os encarnados cancelaram a conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Sporting de Braga, na quarta-feira, para as meias-finais da Taça da Liga, que estava marcada para hoje, e disseram aguardar uma decisão da Direção-Geral da Saúde (DGS) relativamente à participação da equipa nas competições de futebol.

“O Sport Lisboa e Benfica comunica que, no decurso dos testes realizados desde sábado no Seixal, foram detetados 17 novos casos de covid-19 entre staff, equipa técnica e jogadores. Perante estes dados, na defesa da saúde pública e da integridade física dos atletas envolvidos, o Benfica remete para a DGS a decisão de se apresentar em competição nos próximos 14 dias”, pode ler-se numa nota publicada no site do clube.

Na segunda-feira, a comunicação social portuguesa deu conta de vários casos de infeção nas águias, nomeadamente do avançado alemão Luca Waldschmidt, dos treinadores-adjuntos João de Deus, Pietra e Fernando Ferreira e do diretor Luisão, acrescentando que os brasileiros Gilberto e Everton Cebolinha cumpriam isolamento.

De acordo com a imprensa desportiva, Jorge Jesus testou negativo.

No calendário do Benfica para os próximos 14 dias, além da meia-final da Taça da Liga, em Leiria, onde poderá ter de disputar a final da prova, no sábado, incluem-se também os jogos em casa com Nacional (15.ª jornada da I Liga) e Belenenses SAD, para os quartos de final da Taça de Portugal, e a visita ao Sporting (16.ª jornada).

De acordo com o plano de retoma do futebol profissional, “os atletas e equipas técnicas da equipa na qual foi identificado um caso positivo podem ser considerados contactos de um caso confirmado”. “No entanto, a identificação de um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo, das equipas. A determinação de isolamento de contactos (de praticantes e outros intervenientes), a título individual, é de estrita competência da Autoridade de Saúde territorialmente competente“, acrescenta o mesmo documento da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Este plano, que vigora desde 7 de setembro de 2020, determina que todos os infetados, sintomáticos ou não, devem ser isolados, “ficando impossibilitados de participar em treinos e competições até à determinação de cura deliberada pela Autoridade de Saúde territorialmente competente”.

“Será horrível para o futebol português parar”

Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Benfica, o treinador do SC Braga considerou que seria “horrível” se o futebol português tivesse de parar, recordado que a sua equipa já foi a jogo com várias baixas relacionadas com a doença.

“Não sou epidemiologista e não pertenco à DGS. Sou treinador de futebol, licenciado em ciências do desporto, com especialização em futebol. Essa é a minha área e é dessa área que tenho de falar. O que posso é reportar ao que já aconteceu connosco esta época em Alvalade, quando tivemos 8 jogadores indisponíveis, o que recaiu mais na defesa até, e fomos a jogo, seguimos em frente. Temos de ter consciência que vivemos nesta situação”.

“Temos de fazer andar o futebol, dar exemplo à sociedade que é possível coabitar com o vírus. Evidentemente todas as equipas podem ser penalizadas por um surto mas o timing não sabemos. Fomos a jogo na altura e sentimos que estávamos desfalcados mas não nos lamentámos das ausências. Não me queixei em momento algum, fizemos um grande jogo, e contra o Boavista também. Estamos preparados para jogar amanhã”, disse.

O treinador dos minhotos disse ainda que os clubes de futebol têm feito um bom trabalho no sentido de detetar casos de infeção, dizendo ainda que espera que não seja a “pressão” dos cubes grandes a ditar uma paragem nas competires.

“O futebol tem feito um trabalho extraordinário. Os casos são normais perante a amostra que temos na sociedade. Acho que estamos na profissão mais controlada, inclusivamente mais do que os profissionais de saúde… Como já disse, tenho familiares que são profissionais de saúde e que foram testados uma vez, eu já fui testado para cima de 60 vezes. Portanto… Se é motivo para parar? Se não houver Taça da Liga, então não vai haver Liga, porque não faz sentido”, continuou.

“A não ser que se abra um regime de exceção para os clubes denominados mais poderosos e haja um pé de desigualdade perante os outros. Acho que será horrível para o futebol português parar. Só espero que não seja a pressão dos clubes denominados grandes a fazer parar o campeonato. A não ser que seja a DGS a entender que se deve parar, aí é outra coisa”, rematou o treinador.

[sc name=”assina” by=”ZAP” source=”Lusa” ]


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