“Parece que teve uma paragem cardiorrespiratória e que o gordo vai morrer a cagar. Não sei o que fez, estou agora a ir para lá”, disse o médico pessoal de Maradona num dos áudios revelados pela imprensa argentina.
As autoridades argentinas abriram uma investigação à morte de Diego Armando Maradona, tendo como figura principal o seu médico, Leopoldo Luque. Os agentes estão a tentar perceber se há fundamento para uma acusação de homicídio por negligência.
O jornal argentino Infobae divulgou os áudios trocados por Leopoldo Luque e a psiquiatra de Maradona, Agustina Cosachov, no dia da morte do ex-futebolista. As mensagens de áudio retratam a situação vivida por ‘El Pibe’ nos últimos momentos da sua vida, no dia 25 de novembro.
A primeira mensagem foi enviada por Cosachov, informando que tinham encontrado Maradona sem sinais vitais: “Não respira nem tem pulso”. “Leo, estão a tentar reanimá-lo mas nada, nada”, reiterou a psiquiatra. “Agora está com a equipa [médica], estão a reanimá-lo através de uma via e a entubá-lo. Mas estivemos dez, 15 minutos a tentar reanimá-lo por nós porque a ambulância não chegava”, disse ainda, citada pelo Observador.
Por sua vez, a primeira vez que Luque interage é a perguntar se alguém está chateado com eles. “Não, por agora ninguém disse nada”, respondeu a psiquiatra.
“Parece que teve uma paragem cardiorrespiratória e que o gordo vai morrer a cagar. Não sei o que fez, estou agora a ir para lá”, disse Leopoldo Luque a um dos contactos que lhe perguntou sobre o estado de Diego Maradona.
https://twitter.com/JorRausch/status/1355892389043449857
A cozinheira pessoal de Maradona, Romina Milagros Rodríguez, esteve no canal de televisão argentino América, onde relatou as suas últimas horas de vida.
“A última vez que falei com ele foi à noite. Fui ter com ele, e ele disse-me que não queria comer, pelo que lhe disse que, pelo menos, lhe ia fazer umas sandes e um chá”, começou por dizer Romina Milagros Rodríguez, conhecida por ‘Monona’.
“Dizem que não comeu, mas é mentira. Comeu uma sandes, porque eu contava-as para ver se ele comia ou não. Havia cinco, por isso o Diego comeu uma delas. É mentira que não tenha comido”, acrescentou.
A cozinheira disse ainda que o dia em que Maradona morreu “foi uma loucura” e que quando o viu, ele já tinha morrido. “Recordo-me da contagem, mas não quero lembrar. Diziam ‘1, 2, 3, vamos’”, disse Romina Milagros Rodríguez, relembrando o momento em que foi feita a tentativa de reanimação a ‘El Pibe’.
[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ]
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