Nota artística: o que dirá a raposa do Benfica?

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Citando o Vitorino Nemésio, se bem me lembro, foi no dia 17 de março de 2019 que o Benfica foi a Moreira de Cónegos. O Moreirense era uma das melhores equipas daquele campeonato e, no calendário encarnado, aquela deslocação afigurava-se como uma das mais complicadas até maio. Mas, naquele tempo, os adversários é que temiam o Benfica. Bruno Lage ganhou por 4-0. Vida tranquila por mais uma jornada. Agora, quase dois anos depois, os clubes são os mesmos, o estádio é o mesmo…mas a vida anda atribulada para os lados da Luz.

Olhemos para o que se costuma olhar antes de cada jogo de futebol: os onzes iniciais de cada equipa. Na baliza do Benfica estará Helton, na defesa teremos… Helton? Um brasileiro chamado Helton, que é guarda-redes? Esse não morava mais a Norte e tocava bateria e guitarra?

Ah, este também tem Leite no nome. O anterior é Arruda.

Entrada forte do Benfica na partida, embora sem sustos relevantes para o adversário. Depois Rafa protagonizou a melhor oportunidade, antes de Taarabt brilhar e assistir Seferović. Mais um golo de um suíço que não tem nome suíço. Mas o que é ser suíço? O que é representar a Suíça neste festival da vida?

Obviamente a equipa da casa, a perder, tentou chegar ao golo mas o tal outro Helton era quase um espectador. Não havia ideias, criatividade do lado do Moreirense.

Não sei qual foi a ideia de Grimaldo quando travou Walterson com uma falta dentro da área benfiquista. O espanhol deveria estar a pensar nas eleições na Catalunha e permitiu que Yan Matheus estivesse na marca de grande penalidade. Foi a única oportunidade do Moreirense durante toda a primeira parte mas o que interessa isso? Yan não vai desperdiçar este tiro.

Erguer. O segundo tempo seria altura de o Benfica se erguer, de se levantar. Seria… Não foi. Durante a maioria do tempo houve realmente mais vermelho no relvado mas perigo zero.

Até que surgiria nova grande penalidade, desta vez para os visitantes. Surgiria. Não surgiu porque, depois de ir ver televisão, o árbitro decidiu que Weigl foi um ator trapalhão naquela jogada. Luisão e Rui Costa ainda se levantaram no banco mas não resultou.

Trapalhão andava o Benfica ao longo do jogo. Na fase final Waldschmidt entrou e o cenário melhorou. Darwin quase marcou mas Derik Lacerda também esteve perto do golo duas vezes. Pizzi tentou nos descontos mas a igualdade manteve-se.

Ficou confirmada a primeira perda de pontos do Benfica em Moreira de Cónegos, na liga portuguesa. E agora a 10 pontos (ou mais) da liderança… Nunca uma equipa conseguiu recuperar tanto ponto perdido para o líder.

Há poucos dias, o filho de Deus foi uma velha raposa – sem querer lembrar um treinador italiano que também liderou o clube lisboeta – ao dizer que o corona é o culpado pela queda da sua equipa. O vírus atacou o plantel em força, sim. Em janeiro. A queda do Benfica começou em novembro do ano passado. Mas agora a equipa está forte outra vez, com muitos jogadores recuperados da doença… E perdeu pontos.

O que dirá a raposa?

Apontou o erro de Grimaldo e as falhas na finalização como os factos responsáveis pelo empate.

E ficamos assim.

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[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]


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