O FC Porto venceu o Gil Vicente em Barcelos, por 2-0. Pepe e Corona saíram ao intervalo com problemas físicos.
O Porto foi a Barcelos conquistar três pontos de forma tranquila, perante um Gil Vicente que pouca resistência demonstrou ao longo da partida e, acima de tudo, poucas ideias mostrou para incomodar o último reduto do “dragão” e criar perigo.
O 2-0 final, com os golos a serem apontados por Matheus Uribe e Sérgio Oliveira, reflectem um jogo de claro domínio portista, que a espaços foi mesmo de sentido único.
O jogo explicado em números
- Muitas mexidas de Sérgio Conceição relativamente ao “onze” que perdeu 3-2 em casa com o Braga, na Taça de Portugal. Marchesín regressou à baliza, na defesa apenas Pepe e Manafá mantiveram o lugar – embora este último tenha passado para o lado esquerdo -, No “miolo”, Sérgio Oliveira rendeu Marko Grujic, e na frente Mehdi Taremi desalojou Luis Díaz. Já Ricardo Soares apostou num esquema de três centrais, com Rodrigo a entrar para o sector e a sair o extremo Fujimoto, e na frente, Pedro Marques jogou na vez de Samuel Lino.
- Início mandão do Porto, que aos sete minutos abriu o activo. Jogada de insistência, confusão na área, os gilistas não afastaram e a bola acabou nos pés de Matheus Uribe. Este “não foi de modas” e arrancou um pontapé forte e indefensável. Ao segundo remate, primeiro golo do jogo.
- A superioridade do “dragão” era tal que no primeiro quarto-de-hora registou 75% de posse de bola, dois remates, sete acções com bola na área contrária, dois cantos e 85% de eficácia de passe. Os homens de Barcelos não tinham qualquer apontamento ofensivo e a qualidade no passe deixava muito a desejar (54%).
- À meia-hora, os homens da casa já somavam três remates, mas nenhum enquadrado e, em rigor, continuavam sem criar perigo e a permitir muitos lances ofensivos ao Porto, que ainda era dono de 72% de posse e já com sete remates, três enquadrados, 15 acções com bola na área adversária e uma ocasião flagrante, desperdiçada por Marega.
- Jesús Corona teve nos pés o 2-0 aos 41 minutos, com um belo desvio de cabeça, mas o guarda-redes Denis fez uma defesa de grande nível e evitou o pior para as suas cores. E a seguir voou para negar o golo a Otávio.
- Vantagem mais do que justificada do “dragão” na primeira parte, graças a um domínio total sobre os homens da casa, expresso em 68% de posse de bola, o triplo dos remates, cinco deles enquadrados, e muita qualidade no passe. Só o Porto criou perigo até ao intervalo e converteu um dos tentos, por Matheus Uribe. O médio era, aliás, o melhor em campo nesta fase, com um GoalPoint Rating de 6.8, não só pelo tento, mas também pelos quatro passes ofensivos valiosos, os 91% de passes certos e as quatro recuperações de posse.
- Ao intervalo saíram Pepe e Corona, devido a problemas físicos, entraram Malang Sarr e Luis Díaz, mas esse falto não mudou em nada o cariz do jogo. O Gil Vicente continuou encolhido, sem soluções e empurrado pelo Porto, que chegou ao 2-0 em cima da hora de jogo. E que golo.
- Sérgio Oliveira, em zona frontal, de fora da área, arrancou um grande pontapé, muito colocado, sem hipóteses para Denis. Um tento que surgiu ao décimo disparo dos “azuis-e-brancos”, sexto enquadrado, com os forasteiros a registarem ainda 63% de posse de bola e a limitar os “galos” a cinco disparos apenas, todos desenquadrados.
- Com o relógio a bater os 70 minutos, pouco faria prever uma possível reacção do Gil Vicente que, ainda assim, lá conseguia somar um disparo enquadrado e até já tinha 52% de posse de bola desde o intervalo. Mas essa era uma posse sem fio de jogo ofensivo, logo, sem incomodar Marchesín. Destaque, contudo, para a franca melhoria no passe, chegando nesta altura aos 80% de eficácia desde o descanso.
- Até final, destaque para um golo de Evanilson, em cima do minuto 90, mas o lance foi anulado, pois Luis Díaz, que assistiu o brasileiro, encontrava-se em posição de fora-de-jogo. Tudo fácil para o “dragão”.
O melhor em campo GoalPoint
Regresso de Sérgio Oliveira às grandes prestações. O médio portista foi o melhor em campo em Barcelos, com um GoalPoint Rating de 7.4, fruto de excelentes momentos na construção e no ataque. Além do golo apontado, completou 92% dos 51 passes realizados, e teve sucesso em quatro de cinco tentativas de drible, três delas no último terço. Desta feita a sua acção defensiva não foi relevante, mas diga-se que o Gil Vicente a tal não obrigou.
Jogadores em foco
- Matheus Uribe 6.9 – O colombiano compôs uma dupla de sucesso com Sérgio Oliveira no “miolo” portista, nas tarefas próprias da posição, mas também no ataque, pois foi dele o primeiro golo da partida. Além do tento, fez quatro passes ofensivos valiosos, completou 90% dos passes que realizou e ainda somou cinco recuperações de posse.
- Denis 6.3 – O melhor elemento do Gil Vicente, em especial pelo que fez no primeiro tempo. Nesta fase fez duas enormes defesas, perto do intervalo, a negar golos a Corona e Otávio, e terminou com quatro paradas, três a remates na sua grande área, uma a disparo a menos de oito metros.
- Rodrigo Prado 6.1 – Novidade no “onze” dos homens da casa, o central brasileiro foi dos mais consistentes. Ao todo somou 11 recuperações de posse, máximo do jogo, fez seis alívios e ganhou dois de três duelos aéreos defensivos.
- Otávio 6.0 – Mais uma vez um dos melhores do Porto. O brasileiro criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, fez três passes ofensivos valiosos e somou cinco recuperações de posse.
- Wilson Manafá 5.9 – O lateral desta feita jogou na esquerda, mas manteve intervenção forte no jogo, sem medo de aparecer. Manafá completou dois dos quatro cruzamentos que realizou, quatro de dez tentativas de drible, fez duas intercepções e somou 107 acções com bola, de longe o máximo da partida.
- Moussa Marega 5.8 – Sempre muito activo, registou o máximo de acções com bola na área contrária e foi o mais rematador, mas desperdiçou uma ocasião flagrante e não ganhou nenhum dos quatro duelos aéreos ofensivos em que participou.
Resumo
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