Nota artística: fogo, paixão e baile no dérbi do Minho

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Temos o Benfica-Sporting, temos o Porto-Boavista, temos o Candal-Coimbrões. Mas a maioria dos minhotos não se importa muito com esses dérbis. O dérbi importante é quando se juntam no relvado Sporting Clube de Braga e Vitória Sport Clube. Esse é o dérbi. O dérbi do Minho. O dérbi que liberta fogo e paixão. Dos dois lados. 

Nem o outro jogo dessa noite deve ter conseguido desviar as atenções, naquela região nortenha. É que, à mesma hora, ainda decorria uma partida em Turim, que se prolongou. Em Braga, quase ninguém quis saber. Ali, todas as ruas iam dar ao Estádio Municipal.

 

Pode haver fogo mas nem deu para aquecer muito, porque logo aos quatro minutos Abel Ruiz assistiu e Lucas Piazón trabalhou bem e marcou.

Ainda dentro da meia hora inicial, oito centímetros impediram o segundo golo da equipa da casa. E seria o jovem atrevido Bruno Rodrigues a marcar.

Esse não entrou no marcador mas perto do intervalo o brilho ofensivo do Braga voltou a animar o povo lá em casa.

Já viram o segundo golo deste dérbi? Arrisco dizer que vai ser um dos melhores desta temporada. Um desvio de classe a tirar o adversário da jogada, que fez lembrar uns desenhos animados japoneses, um tiro sem hipóteses de defesa. Mereceu o maior aplauso dos últimos anos, proveniente do banco de suplentes daquele estádio.

Tudo obra do rapaz latino que anda a destacar-se lá na frente.

Sem acelerar muito, e longe da melhor exibição de sempre, o perfume de Abel Ruiz ia sendo suficiente para o Sporting de Braga, durante a primeira parte.

Perto do intervalo, quer antes quer depois, o Vitória começou a ameaçar. Depois de muita corrida, de muito esforço, mas pouco acerto. Edwards acertou no ferro, Bruno Duarte quase desviou para o sítio certo.

Quem marcou foi o Braga. Quem marcou foi Abel Ruiz. Ah não, invalidado também.

Os visitantes voltaram a tentar: muitas iniciativas ofensivas, muitos cruzamentos… Talvez merecessem um golo.

Mas não naquela baliza: a cinco minutos do final, Šporar finalizou um contra-ataque com sucesso e fechou o resultado. Com este bom reforço que veio precisamente de outro Sporting, e com a ascensão do tal rapaz latino, alguém pergunta por Paulinho?

Ao ritmo espanhol, o Braga continua a bailar no segundo lugar.

O Vitória, se quer jogar contra equipas estrangeiras na próxima época, tem de encontrar rapidamente a estrada. Que parece muito sinuosa.

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[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]


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