Lance Armstrong é acusado de ter competido no Tour de France com bicicletas com motor, uma prática conhecida como doping mecânico.
“Não quero que sirva de desculpa, mas toda a gente usava substâncias ilegais e eu ganharia na mesma se estivesse limpo. A primeira vez que me dopei tinha 21 anos. Na minha primeira época como profissional já tomava cortisona”, contou Lance Armstrong no documentário “LANCE”, que estreou em maio do ano passado.
Precisasse ou não de doping, a verdade é que Lance Armstrong não se livrou de perder as sete Voltas a França que tinha conquistado. Agora, o ciclista norte-americano é suspeito de um outro tipo de doping: o doping mecânico. Armstrong é acusado de ter competido no Tour com bicicletas com motor.
A acusação surge de Jean-Pierre Verdy, antigo chefe da agência antidopagem francesa, entre 2006 e 2015, num livro intitulado “Dopage: Ma guerre contre les tricheurs” (Doping: a minha guerra contra os batoteiros).
“Lance Armstrong é o maior golpista de todos e encontra cumplicidade em todos os níveis. Sempre recebeu tratamento especial. Muitos disseram-me que não devia meter-me com as lendas, porque seria eu sozinho contra o mundo. Mas se as lendas são construídas em cima de algo…”, começou por dizer Verdy ao jornal francês Le Parisien.
“Também acredito que tinha um motor na bicicleta. Ainda tenho na cabeça as imagens de uma etapa de montanha em que arrasou por completo todos os adversários. No final, chamei todos os especialistas que conheço e eles assumiram que não entendem como a sua performance foi possível, mesmo com o uso da EPO [eritropoietina]. Algo estava errado e todos os especialistas disseram a mesma coisa. Não foi a EPO que fez a diferença”, acrescentou.
A eritropoietina é uma droga usada no doping sanguíneo, que aumenta a quantidade de células vermelhas na corrente sanguínea, aumentando exponencialmente a quantidade de oxigénio recebida pelos músculos dos pulmões e, consequentemente, a capacidade aeróbica e resistência ao esforço, explica o jornal A BOLA.
Apesar das acusações de Verdy, o antigo chefe da agência antidopagem francesa não tem provas do doping mecânico de Armstrong.
[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ]
Deixe um comentário