Equipa de Diego Simeone tinha vantagem confortável sobre os dois maiores rivais e, em pouco tempo, só ganhou metade dos pontos que poderia ter ganhado. Ainda lidera, mas tem três adversários muito perto.
Em Portugal, no espaço de menos de uma semana, o Sporting acumulou apenas dois pontos na classificação, em vez dos possíveis seis. O líder ainda é líder mas, em seis dias, passou de 10 para seis pontos de vantagem em relação ao FC Porto; e agora vê o Benfica a nove pontos de distância.
Em Espanha, o espaço de tempo em causa é bem maior, mas a perda de pontos do líder também o é: o Atlético de Madrid, que de “quase campeão” passou a ter três adversários bem perto, e os dois maiores rivais estão “colados” ao primeiro lugar.
Primeiro dia de fevereiro: a 21.ª jornada da liga espanhola encerrava com o Atlético de Madrid, no primeiro lugar, a somar 54 pontos. O Real Madrid e o Barcelona também ocupavam o pódio provisório e tinham 43 pontos cada; o Sevilha, quarto classificado, acumulava 42 pontos. Ou seja, eram 11 pontos a mais do que os dois grandes rivais e 12 pontos de diferença em relação ao Sevilha.
Dia 11 de abril: o Atlético empata contra o Bétis (1-1) e, no final da 30.ª jornada, acumula 67 pontos. O problema é que o Real tem 66, o Barcelona 65 e o Sevilha 61 pontos. Ou seja, o Real Madrid estava a 11 pontos da liderança e agora está a um ponto de distância; o Barcelona a dois pontos e o Sevilha também não está longe, com menos seis pontos do que o líder.
Contas, lesões, nível e defesa
Desde o dia 8 de fevereiro até ao dia 11 de abril, o Atlético jogou 11 vezes no campeonato; só perdeu dois desses duelos mas apenas ganhou quatro, tendo empatado nos outros cinco jogos. Em 33 pontos possíveis, ganhou 17.
O número de lesões é rapidamente apontado como um dos factores decisivos para esta quebra nos resultados da equipa de Diego Simeone. As baixas no ataque são importantes: dos quatro avançados supostamente titulares como ponta-de-lança, apenas um está disponível. Correa está pronto, mas João Félix e Luis Suárez lesionaram-se recentemente, enquanto o reforço Moussa Dembelé, que chegou a Madrid em janeiro, só jogou quatro vezes até agora.
Mas, mesmo os que continuam a jogar, têm baixado o seu nível em campo. Este é o factor mais visível: a qualidade no relvado de vários futebolistas do Atlético era alta até há uns meses e, agora, é média ou mesmo baixa.
O próprio Suárez, antes de se lesionar, baixou a sua eficácia. João Félix passou a ter um papel secundário, enquanto Koke e Marcos Llorente também não estão a jogar como na primeira volta (na qual o Atlético de Madrid conquistou 50 pontos em 57 possíveis).
Lá atrás, tem valido Jan Oblak, guarda-redes com passagem pelo campeonato português, que já evitou golos quase certos em três jogos recentes: Alavés, Sevilha e Bétis.
No entanto, se Oblak tem aparecido mais, é porque a defesa do Atlético está mais insegura. A equipa de Simeone é conhecida por sofrer poucos golos e, na primeira volta, voltou a demonstrar essa faceta, quando ficou com a baliza a zero durante quatro jornadas consecutivas (que incluíram um duelo com o Barcelona).
Depois seguiu-se uma fase mais “tremida” na defesa, sobretudo entre o final de janeiro e o final de fevereiro: oito golos sofridos em cinco jogos, nesse período.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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