O Porto venceu no fecho da 28ª jornada da Liga NOS pela margem mínima, na recepção ao Vitória SC, e conseguiu o principal objectivo, que passava por somar os três pontos e reduzir para quatro a distância para o líder Sporting, que na quarta-feira empatou em casa com a Belenenses SAD.
Os “dragões” nunca perderam o domínio e o controlo das operações, praticamente anularam o ataque vitoriano e acabaram por marcar por intermédio de Moussa Marega, no arranque do segundo tempo.
O jogo explicado em números
- Sérgio Conceição optou por realizar três mudanças em relação ao “onze” que iniciou o jogo contra o Nacional. O lesionado Zaidu deu lugar a Nanu, enquanto Moussa Marega e Otávio renderam Luis Díaz e de Marko Grujic. Do lado dos “conquistadores” nenhuma mexida em relação ao triunfo sobre o Santa Clara.
- O Vitória começou melhor, com bons lances pela esquerda, aos seis e nove minutos, com Marcus Edwards e Falaye Sacko a estarem muito perto de marcar, mas sem conseguirem a finalização.
- Ainda assim deu mais Porto no primeiro quarto-de-hora em termos de posse de bola, com os “dragões” a registarem 61%, mas sem efeitos práticos no ataque, pois apenas registaram um remate, tantos quanto os vimaranenses, e uma só acção com bola na área contrária, contra três dos visitantes.
- Aos 21 minutos, Mehdi taremi surgiu solto na área perante Bruno Varela, mas ao desvio do iraniano respondeu um guarda-redes com reflexos e um desvio com a luva. O Porto começava a assumir sem reservas as despesas da partida, sabendo que teria de ganhar para relançar a luta pelo título.
- À passagem da meia-hora os “azuis-e-brancos” tinham já 67% de posse, mas ainda só dois remates, um enquadrado, e oito acções com bola na área contrária, ainda pouco para o volume ofensivo dos campeões nacionais. Ao invés, o Vitória mantinha-se com o seu remate solitário e recuado no terreno, ao ponto de registar uma só acção defensiva no meio-campo oposto.
- O central Pepe liderava os ratings aos 30 minutos, com 6.6, fruto de uma ocasião flagrante criada, 91% de eficácia de passe, três duelos aéreos defensivos ganhos (100%), seis recuperações de posse e duas intercepções. E a sua influência continuou a notar-se até ao intervalo.
- Nulo ao descanso, num jogo em que o Porto tinha de vencer para se aproximar do Sporting.
- O domínio foi total dos homens da casa, que chegaram ao intervalo com 72% de posse, quatro remates, dois enquadrados, uma ocasião flagrante desperdiçada (por Taremi), 13 acções com bola na área contrária, cinco cantos e 86% de eficácia de passe. Destaque para as poucas faltas neste período, apenas seis (2-4).
- Pepe “abriu o livro” na etapa inicial, atingindo um GoalPoint Rating de 7.5, com uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, um passe de ruptura, 56 entregas completas em 60 (93%), oito passes progressivos certos, três duelos aéreos defensivos ganhos (100%), nove recuperações e três intercepções. Impressionante.
- Mas logo aos 49 minutos, o Porto marcou, no regresso aos golos de Moussa Marega. Abdul Mumin parecia ter um passe em profundidade controlado, mas Marega surgiu nas suas costas em velocidade, roubou o esférico e, perante Varela, atirou a contar, ao sexto remate portista, terceiro enquadrado.
- A hora de jogo chegou sem que os minhotos conseguissem reagir à desvantagem. Aliás, no segundo tempo não tinham mais do que 36% de posse e nenhum remate, limitando-se a parcas trocas de bolas que, ainda assim, não evitavam que Marega surgisse diversas vezes em velocidade e com espaço de progressão.
- O maliano, aos 68 minutos, voltou a fugir nas costas da defesa vimaranense, mas Bruno Varela fez a mancha e evitou o tento portista. O jogo ameaçava partir-se um pouco, com as duas equipas a lançarem ataques em catadupa, mas só o Porto conseguia chegar com perigo à área contrária, registando 27 acções com bola nesta zona por volta dos 75 minutos, contra… três dos forasteiros.
- Mas os portistas tinham o jogo controlado e, até final, estiveram sempre mais perto de marcar. No último minuto do tempo de compensação, Francisco Conceição fintou todos no lado esquerdo da área e, com um remate forte, acertou com estrondo na barra.
O melhor em campo GoalPoint
Jogo tremendo de Pepe. O Vitória quase nunca chegou à área portista, registando parcas sete acções com bola na área dos homens da casa. Incapacidade ofensiva, sim, mas também… Pepe. O internacional luso foi de longe o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.1.
O central foi a principal muralha que travou os minhotos, terminando com uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, um passe de ruptura, 81 passes certos (máximo do jogo), 97 acções com bola, 14 recuperações de posse e quatro intercepções, ambos máximos do jogo.
Jogadores em foco
- Jesús Corona 6.7 – Excelente partida do mexicano, empenhado em criar lances de desequilíbrio. E conseguiu-o. Ao todo tentou seis vezes o drible, teve sucesso em três, todos no último terço, e registou cinco acções com bola na área contrária.
- Rochinha 6.5 – O melhor elemento dos vitorianos. O extremo fez quatro passes ofensivos valiosos, falhou somente um de 13 passes, recuperou oito vezes a posse de bola e foi o jogador que mais tentou o drible, dez vezes, com sucesso em sete (máximo).
- Mehdi Taremi 6.5 – A ocasião flagrante desperdiçada na primeira parte foi o ponto negativo de uma bela prestação que teve dois remates, ambos enquadrados, uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura e 13 acções com bola na área contrária, máximo da partida.
- Otávio 6.4 – Fundamental como sempre. O médio fez a assistência para o golo de Marega, em dois passes para finalização, somou quatro passes ofensivos valiosos e completou as duas tentativas de drible.
- Bruno Varela 6.4 – O guardião vitoriano esteve em belo plano e nada poderia ter feito para evitar o golo de Marega, que lhe surgiu isolado à frente. No final registou seis defesas, três a remates na sua grande área, uma impedindo o tal golo a Taremi.
- Moussa Marega 5.8 – Regresso aos golos do homem que acabou por ser decisivo na obtenção dos três pontos. O maliano enquadrou os três remates que fez, somou cinco acções com bola na área contrária, mas a sua nota cai devido a uma ocasião flagrante falhada e a cinco desarmes sofridos.
Resumo
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