O Santa Clara vai a votos este sábado para escolher o seu presidente, numa altura em que a SAD está penhorada e o atual dirigente está na mira da justiça.
Segundo avança o jornal Público esta sexta-feira, os saldos bancários estão penhorados pelo Santander desde dezembro, devido ao incumprimento do pagamento de uma dívida de 5,5 milhões de euros.
O clube açoriano da I Liga foi ainda privado de um subsídio de um milhão de euros por parte do Governo Regional, bem como do valor a pagar pelo FC Porto (quatro milhões) pela transferência de Zaidu Sanusi.
Os créditos das transmissões televisivas também escaparam, uma vez que foram cedidos à Mystery Argument, empresa agora designada de Bravos Açorianos, detida pela SAD e pelo clube.
Além da frágil situação financeira, adianta o matutino, o atual presidente do clube, Rui Cordeiro, foi constituído arguido num inquérito que investiga crimes de participação económica em negócio ou recebimento indevido de vantagem, corrupção ativa e passiva no fenómeno desportivo, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. O inquérito resulta das buscas efetuadas pelo Ministério Público, em novembro do ano passado.
De acordo com o jornal, que consultou o último relatório e contas da SAD relativo à temporada de 2019-20, o passivo do Santa Clara foi de 9,7 milhões de euros, apresentando um total de capitais próprios negativos de 1,4 milhões de euros.
Impossibilitada de recorrer ao crédito bancário, a SAD tem recorrido a outras soluções para se financiar, nomeadamente com verbas desviadas da antiga empresa municipal Azores Parque e a financiadores como a sociedade Azul Internacional, do empresário singapuriano Lau Lian Seng Glen, detentor de 47,6% do capital social da SAD açoriana.
Nas eleições deste sábado, além de Rui Cordeiro, concorre Miguel Simas, antigo vice-presidente e que é ainda acionista da SAD dos açorianos.
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