FC Porto 5-1 Farense | “Dracarys” portista sobre algarvios

Esta segunda-feira, o FC Porto goleou o Farense por 5-1, na 32.ª jornada da Liga. Os dragões têm agora 74 pontos e estão a cinco do Sporting.

Goleada das antigas no Dragão. O FC Porto incendiou os farenses ao estilo da Guerra dos Tronos, começando a resolver o jogo cedo, numa grande penalidade convertida por Mehdi Taremi, e a partir daí a história do jogo foi basicamente a dos golos, com Toni Martínez, Luis Díaz, João Mário e de novo Taremi a colorirem o marcador.

Licá fez o tento de um Farense que cometeu muitos erros e permitiu ao “dragão” dar mais um passo rumo a garantir o segundo lugar, e o acesso directo à Liga dos Campeões – e adiar a festa de campeão do Sporting.

O jogo explicado em números

  • Sérgio Conceição lançou João Mário como lateral-direito, sendo a principal novidade. Marko Grujic e Toni Martínez também começaram de início, num 4-4-2 declarado. Do lado algarvio a novidade foi o central Cássio Sheid, no lugar de André Pinto.
  • Não podia começar melhor o jogo para o “dragão”. Logo no arranque, o árbitro assinalou mão na bola de Licá na área algarvia e respectivo penálti. Na conversão, Mehdi Taremi (6′) abriu o activo, no primeiro remate do encontro.
  • E o segundo não demorou. Aos 14 minutos, Taremi viu Toni Martínez desmarcar-se, serviu o espanhol que rematou de primeira, com a bola a passar por entre as pernas de Beto. Em menos de 14 minutos o jogo parecia praticamente resolvido.
  • O quarto-de-hora chegou com eficácia absoluta por parte do Porto. Aos 68% de posse de bola, os “azuis-e-brancos” juntavam três remates, todos enquadrados, dois golos. Os algarvios estavam como que atarantados com as incidências da partida, e em tão pouco tempo, e não registavam qualquer remate e apresentavam pobres 54% de eficácia de passe.
  • A confirmação prematura do triunfo portista chegou aos 20 minutos. De novo Taremi na assistência, Luis Díaz isolou-se pela esquerda e, perante Beto, atirou a contar para o terceiro da partida. Quatro remates, quatro em direcção à baliza, três golos e a ideia de que, com um pouco mais de velocidade, os números iriam subir. E mais ainda quando, aos 29 minutos, Bilel viu vermelho directo por entrada sobre Manafá.
  • Tudo decidido à meia-hora, altura em que os “dragões” registavam seis remates, quatro enquadrados, 89% de eficácia de passe, 70% de posse de bola, expected goals (xG) de 1,7, contra um só remate dos visitantes. O melhor rating pertencia a Taremi, com 7.4, fruto de duas assistências em dois passes para finalização, dois passes de ruptura, quatro passes ofensivos valiosos, graças a uma grande qualidade de jogo entre as linhas defensiva e de meio-campo do Farense.
  • Em cima do intervalo, num momento de total passividade da defesa portista, o Farense reduziu, por Pedro Henrique, no primeiro remate enquadrado dos algarvios no jogo, mas o lance acabou invalidado por fora-de-jogo.
  • Vantagem ampla do “dragão”, que entrou fortíssimo na partida, ante um Farense atarantado, a cometer inúmeros erros e a defender de forma atabalhoada. Três golos para os portistas, que surgiram de forma natural, fruto da grande superioridade e da inspiração do melhor em campo na primeira metade. Mehdi Taremi registou um GoalPoint Rating de 7.3, mercê de um golo, de penálti, duas assistências em dois passes para finalização, dois passes de ruptura e seis ofensivos valiosos.
  • Reentrada em grande do Porto, que chegou ao 4-0 aos 59 minutos. Recuperação a meio-campo, Otávio progrediu e serviu Taremi no momento certo. O iraniano, perante Beto, atirou a contar, ao terceiro remate portista na segunda parte, primeiro com boa direcção. Nem as quatro alterações de uma só vez, por parte de Jorge Costa, melhoraram a prestação algarvia.
  • Pela hora de jogo, a partida continuava a ser de sentido único. Porto com 11 remates, cinco enquadrados, quatro que deram golo, 17 acções com bola na área algarvia, contra duas do outro lado, 90% de eficácia de passe, 68% de posse de bola e procura apenas de ampliar o máximo o marcador.
  • A história do jogo não mudou e, aos 84 minutos, chegou o quinto golo dos “dragões”, num lance pouco visto. Marchesín na assistência – sim leu bem, o guarda-redes do Porto -, com um passe longo para João Mário, que fugiu pela esquerda e, na área, flectiu para o meio e rematou cruzado de pé direito. Treze remates, sete enquadrados, cinco golos.
  • O Farense não se foi embora sem marcar o golo de honra, aos 89 minutos, por Licá, a aproveitar um erro da defensiva portista – Diogo Leite atrasou mal para o seu guardião – para desviar a bola por entre as pernas de Marchesín e facturar, ao sexto remate, segundo enquadrado.

O melhor em campo GoalPoint

Enorme exibição de Taremi. O iraniano esteve imparável no ataque. Começou por marcar de penálti, seguindo-se duas brilhantes assistências, e mais um golo no arranque da segunda parte. O GoalPoint Rating de 8.6 reflecte ainda dois remates enquadrados em três disparos, dois passes de ruptura, seis passes ofensivos valiosos e seis acções com bola na área contrária. A combinação com Toni Martínez na dupla de ataque parece estar a apurar, e de que maneira.

Jogadores em foco

  • Otávio Monteiro 7.6 – Mais um jogo de grande nível do médio portista. O luso-brasileiro esteve quase perfeito nos diversos momentos, somando 94 acções com bola, sete recuperações de posse, mas também cinco passes longos certos em seis, outros tantos passes ofensivos valiosos, quatro passes para finalização, dois de ruptura e uma assistência. Não sabe jogar mal.
  • Luis Díaz 7.0 – A velocidade do extremo colombiano foi demais para a defesa algarvia, quase sempre muito subida no terreno. E num desses lances fez golo. Díaz terminou com cinco passes ofensivos valiosos, e 30 passes certos nos 33 que realizou (91%).
  • Pepe 7.0 – É certo que o Farense não soube colocar dinâmica nos lances de ataque, mas quando ameaçava, Pepe não deixava. O Central somou o máximo de passes certos, 82, equivalente a 98% de eficácia, completou dez de 11 entregas longas, teve sucesso em 15 passes progressivos, somou seis variações de flanco e sete recuperações de posse.
  • Wilson Manafá 6.8 – Excelente jogo do lateral, em especial nos duelos individuais. Manafá somou três passes ofensivos valiosos, completou 92% dos passes que realizou, completou as duas tentativas de drible, ganhou os três duelos aéreos defensivos em que participou e ainda acumulou três desarmes e outras tantas intercepções.
  • Toni Martínez 6.6 – A parceria com Taremi promete, completando-se pelas características e pelos terrenos que ocupam, o iraniano mais recuado, o espanhol mais adiantado. Martínez fez um golo e enquadrou dois de três remates.
  • João Mário 6.5 – Bela partida do jovem, que começou o jogo a lateral. Defensivamente não teve muito trabalho, pelo que destacou-se na frente, com seis dribles eficazes em oito tentativas, cinco acções com bola na área contrária e 93% de eficácia de passe.
  • Cláudio Falcão 5.6 – O melhor elemento dos algarvios. O brasileiro entrou na segunda parte, a tempo de realizar três desarmes e duas intercepções.

Resumo

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