Nacional 1-3 Benfica | Créditos no banco com Darwin e Ramos

OBenfica venceu na tarde desta terça-feira o Nacional por 3-1, numa partida a contar para a 32ª jornada da Liga NOS.

As “águias” estiveram em desvantagem desde o minuto 8, quando Pedrão inaugurou a contenda, e tiveram de ir ao banco (de suplentes) encontrar as soluções para darem a volta ao marcador.

Darwin bisou nas assistências que outro suplente Gonçalo Ramos finalizou a preceito. Antes, Pedrão tinha marcado na própria baliza. No espaço de oito minutos, os “encarnados” fizeram três tentos e deixaram os insulares numa situação complicada no que concerne à luta pela permanência.

O jogo explicado em números

  • Nos insulares, Manuel Machado fez apenas uma troca em comparação com o empate frente ao Moreirense (2-2), Alhassan foi titular na vaga de Danilovic. Gilberto, Nuno Tavares, Chiquinho, Pedrinho, Cervi e Waldschmidt foram as novidades no onze “encarnado” nas vagas de Diogo Gonçalves (castigado), Grimaldo, Vertonghen, Pizzi, Rafa Silva (lesionado) e Everton. Em relação ao “clássico” ante o FC Porto, apenas Helton Leite, Lucas Veríssimo, Otamendi, Weigl e Seferovic prosseguiram entre as opções iniciais, numa equipa desenhada em 1x4x4x2.
  • O primeiro sinal de perigo nasceu no ataque anfitrião. Riascos lançou uma granada e obritou Helton Leite a mostrar os reflexos. Estava dado o aviso. Segundos depois, Riascos atirou ao poste e na sequência Pedrão, sem oposição, empurrou para o fundo das redes e abriu a contagem logo ao minuto oito. Foi o primeiro golo do defesa-central nesta edição do campeonato.
  • Primeiros 20 minutos de domínio quase total do Nacional, que foi mais afoito, coeso, veloz e perigoso. Os madeirenses aproveitaram a via livre que tiveram no lado direito defensivo contrário e, graças às constantes incursões de Riascos, foram amealhando uma série de oportunidades. Os números nesta fase – oito remates (dois enquadrados) face aos dois (desenquadrados) do Benfica – não deixavam margem para qualquer discussão.
  • Apenas aos 23 minutos os forasteiros estiveram perto de marcar. Cervi cruzou a preceito para Seferovic que não conseguiu finalizar. Segundos depois, Nuno Tavares centrou, mas o cabeceamento do suíço saiu por cima do alvo. À quarta tentativa apareceu o primeiro remate enquadrado, que saiu dos pés de Pedrinho, mas António Filipe defendeu com facilidade.
  • Era com muita facilidade que o Nacional conseguia chegar às imediações da área adversária. À passagem dos 33 minutos, Éber Bessa aproveitou mais uma oferta e, por muito pouco, não ampliou a vantagem dos da casa. Nesta fase, Pedrão era o jogador com melhor avaliação, um rating de 6.5. Além do golo, que nasceu no único remate que fez, o defensor acumulava 14 acções com a bola, duas recuperações da posse e dois alívios.
  • Um golo apontado na fase inicial colocava o Nacional na frente do “placard” ao cabo dos primeiros 45 minutos. O conjunto orientado por Manuel Machado foi o mais perigoso, principalmente nos primeiros 20 minutos. Sólidos a defender, os homens da casa retiravam espaços às “águias” e sempre que atacavam criavam perigoso, mormente aproveitando as “avenidas” que Gilberto dava no corredor direito, onde uma “lança” chamada Riascos fazia o que bem lhe apetecia. Pedrão era o MVP com um GoalPoint Rating de 6.6, que realçava, além do golo, os quatro alívios que fez (máximo nesta parte), dois duelos ganhos nos três em que interveio e os oito passes certos em 11 tentados.
  • Face à inoperância patenteada na primeira metade, Jorge Jesus promoveu ao intervalo três alterações: Cervi, Chiquinho e Pedrinho ficaram nos balneários e, em sentido inverso, Grimaldo, Pizzi e Everton foram lançados. Porém, quem esteve próximo de marcar foi o Nacional quando Otamendi por muito pouco não fez autogolo, valendo mais uma vez a atenção de Helton Leite.
  • O último classificado tinha 11 remates (três enquadrados) e o Benfica seis (sendo que apenas um foi em direcção ao alvo). As “águias” ainda festejaram um golo de Nuno Tavares aos 50 minutos, mas após consulta do VAR o árbitro Rui Costa anulou o lance. Na génese da decisão uma falta de Lucas Veríssimo sobre Pedro Mendes.
  • Ao minuto 78 chegou o empate. Grimaldo e Everton construíram o lance, Seferovic rematou e Pedrão desviou a bola para o interior da baliza madeirense. Foi apenas o segundo remate “encarnado” que levou a direcção do alvo.
  • E a reviravolta ocorreu três minutos depois. Seferovic lançou Darwin Núñez, o uruguaio assistiu e Gonçalo Ramos, de primeira, encostou para o fundo das redes contrárias. Foi o primeiro tiro certeiro do jovem dianteiro nesta edição da Liga NOS e o terceiro ao serviço da equipa principal esta época.
  • E três minutos volvidos, o 1-3 e bis de Gonçalo Ramos. Darwin conduziu o contra-ataque, “sentou” Júlio César no relvado e ofereceu o tento ao internacional sub-21 português, que não vacilou. Foi a nona assistência do uruguaio no decurso desta temporada.
  • O Nacional, que tem a pior defesa da prova com 54 tentos consentidos, perdeu seis dos últimos sete encontros que realizou na Choupana. O Benfica, que atingiu o sexto triunfo consecutivo fora de portas, ainda acalenta esperanças em chegar ao segundo lugar que dá acesso directo à fase de grupos da Liga dos Campeões.

O melhor em campo GoalPoint

Dezoito minutos, dois remates, ambos enquadrados, dois golos – Expected Goals (xG) de 0,9 – e a certeza de que merece mais oportunidades na equipa principal. Gonçalo Ramos aproveitou de feição a oportunidade concedida por Jorge Jesus e foi determinante na reviravolta que o Benfica alcançou esta terça-feira na Choupana. Inteligente na movimentação e com um faro de “matador”, o número 88 foi o melhor em campo com um GoalPoint Rating de 7.2.

Jogadores em foco

  • Darwin Núñez 7.1 – Outro dos responsáveis pela mudança que ocorreu no rumo do encontro. Rápido e incisivo, o uruguaio baralhou a defensiva nacionalista, ainda tentou rematar numa ocasião, mas foi a assistir que deixou marca e ficou umbilicalmente ligado ao bis de Gonçalo Ramos. Além disso, gizou três passes para finalização, três passes valiosos e cinco acções com a bola na área adversária. Tudo isto em apenas 27 minutos de utilização.
  • Everton 6.7 – Mais uma cartada lançada a partir do banco. A atravessar um bom momento, com dois golos nas últimas duas rondas, desta feita não marcou, mas foi determinante, imprimindo velocidade, imprevisibilidade e criatividade nas acções da equipa. Do seu registo, a realçar dois remates, dois passes para finalização e quatro dribles eficazes em seis tentados.
  • Riascos 6.6 – Um verdadeiro diabo à solta. Força, rapidez, verticalidade e sempre com os olhos na baliza contrária. Foi quem mais vezes rematou, ao todo foram seis tentativas, orquestrou três passes valiosos, sofreu cinco faltas (outro máximo), teve o máximo de sete acções com a bola na área benfiquista e foi 100% eficaz nos quatro dribles feitos. A nota apenas não foi mais elevada devido às cinco perdas da posse que registou e aos dois dribles consentidos.
  • Helton Leite 6.2 – Foi o salvador lisboeta, sempre seguro e foi determinante ao coleccionar quatro defesas, que impediram que os “aurinegros” ampliassem a vantagem.
  • Éber Bessa 5.9 – Saiu aos 71 minutos e a equipa acabou por ressentir-se. Enquanto jogou foi sempre dos mais esclarecidos, ficou perto de dilatar o marcador na primeira metade, acumulou quatro acções defensivas no meio-campo adversário, quatro desarmes, duas intercepções e bloqueou três passes (outro máximo).
  • Nuno Tavares 4.4 – Não foi um regresso feliz ao “onze”, mal posicionado no processo defensivo e precipitado a atacar. Dos 70 passes realizados, falhou 11 (84% de eficácia), ganhou apenas um dos quatro duelos aéreos defensivos em que interveio, perdeu a posse em 23 ocasiões (máximo negativo na partida). Na melhor acção que teve no jogo, ainda marcou, mas o tento foi posteriormente anulado.

Resumo

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