Mas que grande dérbi! Benfica e o novo campeão Sporting presentearam os adeptos com um jogo espectacular, um dos melhores dos últimos anos em Portugal, com futebol de ataque e golos, muitos golos.
Foram nada menos que sete, quatro para as “águias”, três para os “leões”, um resultado que coloca um fim na invencibilidade leonina na Liga NOS, que se fixou em incríveis 32 jogos.
O outro duelo da tarde, entre os melhores marcadores da Liga, Haris Seferovic e Pedro Gonçalves, terminou empatado, graças a um bis para cada lado. Pizzi, Lucas Veríssimo e Nuno Santos marcaram os outros golos de uma partida dominada pelos “encarnados” no primeiro tempo e pelos “verdes-e-brancos” na etapa complementar.
O jogo explicado em números
- Jorge Jesus regressou à fórmula com base no 3-4-3, e nos jogadores que habitualmente começam neste esquema, com a diferença de Pizzi ocupar o lado direito do ataque, na vez de Rafa Silva. Já Rúben Amorim lançou João Pereira e Matheus Reis, para os lugares do lesionado Pedro Porro e do castigado Feddal, e lançou Matheus Nunes e Daniel Bragança para o “miolo”, em substituição de João Palhinha e João Mário (no banco).
- O Benfica começou melhor, mais mandão e acutilante no ataque e chegou ao golo aos 12 minutos. Pizzi isolou Seferovic com um passes extraordinário e o suíço, perante Adán, colocou a bola por cima do espanhol e facturou (a meias com Nuno Mendes), ao segundo remate dos “encarnados”, segundo enquadrado – Nuno Mendes saiu lesionado do lance, ao tentar evitar o golo, mas acabou por recuperar.
- No primeiro quarto-de-hora o Benfica registou 62% de posse, os tais dois disparos, contra um do “leão”, as duas formações tinham uma acção com bola nas áreas adversários, os da casa com superioridade no passe, com 82% de eficácia contra 73% dos forasteiros. O jogo estava animado, com as duas equipas à procura declaradamente do golo.
- E aos 29 minutos, o segundo golo benfiquista. Um espectacular lance colectivo, com Pizzi a entregar a Everton e este, de calcanhar, a isolar o capitão benfiquista. Pizzi, perante Adán, imitou Seferovic e colocou a bola sobre o espanhol, para o 2-0. Três remates das “águias”, todos enquadrados, dois golos. E aos 37 o 3-0. Canto da esquerda de… Pizzi e Lucas Veríssimo, de cabeça, a fazer as redes abanar.
- Já nos descontos, Pedro Gonçalves, com um excelente remate de pé esquerdo, à entrada da área, rematou colocado para o 3-1, lançando uma segunda parte ainda com tudo em aberto em termos de resultado final. Excelente jogo no Estádio da Luz.
- Grande dérbi no Estádio da Luz, não só do Benfica, a ganhar 3-1 ao intervalo, mas também do Sporting, personalizado e sem medo, a tentar também o golo. Mas a eficácia benfiquista no ataque foi irrepreensível, com três golos em apenas cinco remates, todos enquadrados, com destaque também para as dez acções com bola na área leonina, contra cinco.
- As “águias” foram melhores, justificaram a vantagem, mas o golo ao cair do pano dos “leões” abriu a perspectiva de um segundo tempo emocionante.
- O melhor em campo era Pizzi, com um extraordinário GoalPoint Rating de 7.5, fruto de um golo, duas assistências, dois remates, ambos enquadrados, três passes para finalização, sete passes ofensivos valiosos e 87% de eficácia de passe.
- O recomeço não poderia ter sido melhor para o Benfica. O árbitro assinalou falta de Matheus Nunes sobre Álex Grimaldo na área e penálti. Na conversão, Seferovic (49′) bisou, fazendo o 4-1. Seis remates, todos enquadrados, quatro golos. Na resposta, aos 52 minutos, Pedro Gonçalves atirou ao poste direito da baliza de Helton. Grande jogo de futebol.
- Ainda assim, o Sporting entrou mais acutilante na partida e, aos 60 minutos, apesar de registar apenas 47% de posse de bola no segundo tempo, tinha já três remates, um enquadrado, contra dois disparos dos benfiquistas. E aos 62 minutos o 4-2. Cruzamento para Matheus Nunes na esquerda, este deixou para Nuno Santos na área e o extremo, com um remate difícil, reduziu.
- O “leão”, já com João Palhinha e João Mário, passou a dominar por completo o meio-campo, empurrando o Benfica para o seu terço-defensivo. O “miolo” encarnado não sabia lidar com os dois “Joões”, e assumiu a estratégia de transições rápidas, mas essas não estavam a sair.
- Até que aos 75 minutos, grande penalidade para o Sporting, por falta de Lucas Veríssimo sobre Pedro Gonçalves. E “Pote”, na conversão do castigo máximo, não desperdiçou, igualando Seferovic em golos na partida, ao décimo remate leonino no encontro, quarto enquadrado. E ao 79 minutos, “Pote” acertou no ferro.
- Nos últimos minutos os jogo partiu por completo e nos últimos instantes, Darwin Núñez fugiu em velocidade pela esquerda, serviu Rafa Silva, este rematou e Antonio Adán fez uma defesa fantástica, evitando o quinto das “águias”. Estava feito o resultado de um dérbi espectacular, que rendeu sete golos.
O melhor em campo GoalPoint
Na primeira parte tudo apontava para que Pizzi fosse a grande figura desta partida, mas a segunda parte do Sporting e de Pedro Gonçalves virou tudo. “Pote” terminou a partida como melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.7.
O craque leonino não quis ficar atrás de Seferovic e também marcou dois golos, terminando o jogo como o mais rematador, com cinco disparos, três enquadrados, um ao poste, dois passes para finalização, quatro passes ofensivos valiosos, sete acções com bola na área adversária, completou duas de quatro tentativas de drible e sofreu falta para penálti.
Jogadores em foco
- Pizzi 7.5 – A figura da etapa inicial e o melhor do Benfica. O brigantino fez uma primeira parte de luxo, na qual fez duas assistências e um golo. Terminou com dois remates, ambos enquadrados, quatro passes para finalização e dez passes ofensivos valiosos.
- Haris Seferovic 6.6 – O suíço quis ganhar o duelo particular com “Pote” e cumpriu a sua parte, com dois golos. Fez dois remates, ambos enquadrados, somou cinco acções com bola na área contrária e ganhou dois de seis duelos aéreos ofensivos.
- Antonio Adán 6.2 – O facto de ter sofrido quatro golos e ter terminado com nota tão positiva diz muito da sua exibição. O espanhol terminou com cinco defesas, duas a remates na sua área, a última extraordinária, negando o golo a Rafa.
- Nuno Mendes 6.2 – O lateral leonino esteve muito bem nos diversos momentos de jogo. Na frente criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização e teve eficácia nos dois cruzamentos. Na retaguarda, destaque para três acções defensivas no meio-campo contrário e sete desarmes.
- Gonçalo Inácio 6.2 – Números defensivos de grande qualidade do jovem central. Ao todo somou dez recuperações de posse, quatro acções defensivas no meio-campo contrário, três desarmes e três intercepções.
- Everton “Cebolinha” 5.4 – Grande primeira parte do brasileiro, finalmente a mostrar alguns dos atributos que lhe são reconhecidos. O extremo fez uma assistência, de calcanhar, quatro passes ofensivos valiosos, ganhou dois de três duelos aéreos ofensivos e tentou o máximo de dribles, nada menos que dez, com sucesso em seis. Na segunda parte desapareceu um pouco, tal como a equipa, e a sua nota é afectada por uma ocasião flagrante falhada.
Resumo
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