A Bélgica entrou com tudo nesta fase final do EURO 2020. Na noite deste sábado, os “diabos vermelhos” andaram à solta e silenciaram São Petersburgo.
A Bélgica entrou hoje com o pé direito no Campeonato da Europa de futebol e venceu a Rússia, por 3-0, fazendo jus ao estatuto de líder do ‘ranking’ FIFA e de candidata ao título.
Mesmo privados da ‘estrela’ De Bruyne, os belgas tiveram em Romelu Lukaku, que bisou, um dos trunfos para derrotar uma equipa russa que acabou castigada pelos erros cometidos.
A abertura do marcador, logo aos 10 minutos, ficou marcada pela polémica, num centro de Castaigne, que teve falha clamorosa de Semenov e permitiu a finalização de Lukaku, a beneficiar de posição muito duvidosa – o português João Pinheiro era um dos assistentes do VAR – para colocar os ‘diabos vermelhos’ na frente
Na celebração, o avançado correu na direção das câmaras com uma mensagem para o dinamarquês Eriksen, colega no Inter que horas antes sofreu grande susto, ao cair inanimado no relvado no jogo com a Finlândia – “Chris, adoro-te!“.
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“Erros meus, má fortuna…”
“Erros meus, má fortuna…”, já cantava Amália Rodrigues: duas falhas da defensiva russa, dois golos da Bélgica. Lukaku aproveitou um corte defeituoso de Semenov para abrir o activo logo aos dez minutos.
Aos 34, Meunier – tinha entrado aos 27 na vaga do lesionado Castagne, que chocou de forma violenta com Kuzyaev, que também teve de abandonar o terreno de jogo –, dilatou o “score” na sequência de uma defesa incompleta de Shunin.
A superioridade dos homens de Roberto Martínez na primeira metade não deixava margem para quaisquer dúvidas: 67% da posse de bola, 13 acções na área contrária, sete remates (três foram ao alvo), dois golos, duas oportunidades flagrantes desperdiçadas e uma eficácia de passe a rondar os 90% (em 375 tentados, 337 chegaram ao destinatário).
Segunda parte em que a Bélgica soube controlar a vantagem, circulando a bola com tranquilidade, segurança e inteligência. Lukaku, a fechar as contas aos 88 minutos, bisou e dilatou a vantagem dos belgas para 3-0.
Os russos foram quase sempre inoperantes e poucas vezes conseguiram ameaçar com perigo o último reduto contrário. Em suma, exibição sólida, convincente e consistente de um dos candidatos ao título, a Bélgica.
Nos últimos 24 jogos que realizou, a selecção de Martínez apenas perdeu numa ocasião, diante da França das meias-finais do Mundial 2018. Em fases finais de Europeus, os russos não ganham há seis encontros consecutivos.
Melhor em Campo
Face à ausência de Kevin de Bruyne (lesionado) e com Eden Hazard a iniciar a partida no banco, o avançado do Inter de Milão Lukaku puxou dos galões e liderou o triunfo belga.
Rápido, letal a explorar a profundidade e sagaz a finalizar, Lukaku foi o MVP com um GoalPoint Rating de 8.1 e deixou água na boca para o que aí vem.
Com os dois tiros certeiros, atingiu a marca de 20 golos ao serviço da selecção nos últimos 15 encontros em que foi utilizado.
Esta noite, fez três remates, quatro passes valiosos, cinco acções com a bola na área russa e recuperou a posse em três ocasiões.
A nota apenas não foi ainda mais elevada devido aos sete maus controlos de bola que registou – registo negativo máximo em toda a partida.
Destaques da Bélgica
Meunier 7.6 – O azar de Castagne foi a sorte do ala-direito do Borussia Dortmund. Nos 65 minutos em que esteve em cena realizou um remate, marcou um golo, gizou uma assistência, dois passes para finalização, seis passes valiosos (máximo no encontro), recuperou a posse em seis ocasiões e falhou apenas quatro dos 40 passes feitos (90% de eficácia).
Boyata 6.1 – Seguro, formou com Vertonghen e Alderweireld um trio de respeito na defesa. Dos seus números, salientamos os cinco alívios que fez, dois desarmes, duas intercepções e as duas acções defensivas no meio-campo russo.
Vertonghen 5.9 – Abandonou o relvado aos 75 minutos devido a queixas físicas. Enquanto esteve em acção, o defensor “encarnado” registou a quarta melhor nota. Das suas acções, destacamos os quatro duelos aéreos defensivos que venceu e os quatro e as sete vezes em que recuperou a posse.
Destaques da Rússia
Mário Fernandes 5.7 – Foi a melhor unidade dos russos. O lateral-direito, que nasceu no Brasil, tentou remar contra a forte maré belga, acumulando um remate, três cruzamentos, cinco recuperações de posse, três desarmes e dois alívios.
Cheryshev 5.0 – O extremo do Valência foi uma espécie de espelho da exibição sem chama e imaginação dos russos. Esteve apenas 36 minutos em jogo e nunca conseguiu desequilibrar.
Resumo
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