A seleção portuguesa de futebol iniciou hoje a defesa do título com um triunfo por 3-0 sobre a Hungria, na Puskás Arenas, em Budapeste, em encontro da primeira jornada do Grupo F do Euro2020.
Raphaël Guerreiro, aos 84 minutos, e Cristiano Ronaldo, aos 87 e aos 90+2, o primeiro de grande penalidade, apontaram os tentos da formação das ‘quinas’, que não entrava a ganhar numa grande competição desde o Europeu de 2008.
Depois do triunfo face aos magiares, Portugal defronta no sábado a Alemanha, em Munique (17:00 em Lisboa), e a 23 de junho a França, em Budapeste (20:00), sendo que, ainda hoje, germânicos e gauleses medem forças em Munique, a partir das 20:00.
Minutos finais arrasadores
Um desperdício imenso, é o que nos apetece dizer da primeira parte de Portugal. A formação das “quinas” não só dominou, como controlou os acontecimentos, ditando os ritmos, com excepção para um curto período entre os minutos 30 e 40.
De resto, muito mais bola e acções com o esférico na área contrária, e duas ocasiões flagrantes falhadas, uma por Diogo Jota e outra por Cristiano Ronaldo. Portugal poderia ter chegado ao intervalo com o jogo no bolso.
O mesmo figurino do segundo tempo, mas a Hungria conseguiu esticar o jogo mais vezes do que Portugal estava disposto a permitir.
Nesses momentos, os magiares foram muito perigosos no contra-ataque e até marcaram um golo, anulado por fora-de-jogo. A partida fugia em demasia ao controlo da formação lusa, que deixou de criar tantos lances de perigo, apesar de tem ampliado o domínio na posse de bola. Mas de repente tudo mudou.
As entradas de Rafa Silva e Renato Sanches desmontaram por completo a defesa húngara, e os golos surgiram em catadupa a partir dos 84 minutos. Um desfecho mais do que justo.
Melhor em Campo
Jogo enorme de Nélson Semedo, que terá tranquilizado o seleccionador nacional, Fernando Santos, após a lesão de João Cancelo.
O lateral-direito já tinha sido o melhor na primeira parte e continuou a espalhar qualidade, terminando com um GoalPoint Rating de 7.8, com dois passes para finalização, 91% de eficácia de passe, 103 acções com bola, oito recuperações de posse, cinco acções defensivas no meio-campo contrário e incríveis sete desarmes. E ainda sofreu duas faltas em zona perigosa.
Destaques de Portugal
Raphaël Guerreiro 6.8 – O lateral-esquerdo sentiu algumas dificuldades com as incursões de Kleinheisler e Lovrencsics, mas acabou por ser fundamental ao marcar o golo inaugural.
Danilo Pereira 6.7 – O homem dos equilíbrios. A sua estampa física permitiu-lhe dominar o meio-campo, terminando com cinco acções defensivas no meio-campo contrário, três desarmes, nove recuperações de posse e oito passes longos certos em dez.
Cristiano Ronaldo 6.5 – O jogo não lhe estava a correr bem, na primeira parte falhou uma ocasião flagrante incrível e o drible não lhe saía. Mas no final aproveitou a corrente do jogo e bisou, terminando como o mais rematador (4), com dois disparos enquadrados e oito acções com bola na área contrária. E já é o melhor marcador de sempre me fases finais de Europeus.
Pepe 6.4 – O veterano central não se intimida com nada e esteve impecável no posicionamento, com registo de nove recuperações, 98 acções com bola e 16 passes longos certos em 20.
Bruno Fernandes 6.3 – Demorou a pegar no jogo, a fazer aqueles passes que bem sabe e a libertar-se para rematar de longa distância. Mas conseguiu terminar com duas ocasiões flagrantes criadas em três passes para finalização e seis acções com bola na área contrária.
Rafa Silva 6.1 – A sua entrada foi fundamental. As primeiras acções não lhe correram bem, mas depois esteve no lance do 1-0, acabou por assistir Ronaldo para o terceiro e sofreu o penálti do 2-0. A sua velocidade “rasgou” a defesa contrária.
William Carvalho 6.1 – Importante para manter a zona à frente de Danilo “limpa”, comandando os ritmos do jogo. Esteve bem na distribuição (sete passes longos em dez) e fez três desarmes.
Rui Patrício 6.0 – O guardião luso teve pouco trabalho, mas quando teve, não vacilou, registando três defesas.
Rúben Dias 5.7 – O central foi atrás da impetuosidade inicial do jogo, mas teve uma boa prestação, com o máximo de acções com bola (108), máximo de passes certos (87) e quatro desarmes.
Bernardo Silva 5.6 – Esperava-se um poouco mais de Bernardo, em especial nas decisões, mas ainda assim somou um passe de ruptura e três desarmes.
João Moutinho 5.3 – Entrou para “esconder” a bola e conseguiu fazê-lo nos poucos minutos em campo, com 100% de eficácia em 12 passes.
Renato Sanches 5.4 – Já dissemos várias vezes que a estatística nem sempre reflecte o impacto de um jogador, e é este o caso. Em 13 minutos completou 13 de 15 passes e um de dois dribles, mas a sua intensidade desbaratou o “miolo” magiar.
André Silva 5.0 – Pouco tempo para ter alguma influência relevante na partida.
Diogo Jota 4.9 – Jogo menos conseguido do avançado do Liverpool, que esteve muito mexido, mas não acertou nem no passe (69% certos), nem na finalização (desperdiçou uma flagrante).
Destaques na Hungria
András Schäfer ?.? – O médio foi o melhor entre os húngaros, veloz, intenso, mas destacou-se pelas cinco intercepções (máximo do jogo).
Péter Gulácsi 5.6 – O guarda-redes foi adiando o golo luso, terminando com quatro defesas, duas a remate na sua área.
Ádám Szalai 5.5 – Incrível a forma como protege a bola. Ainda assim sofreu sete desarmes, pois procurou muito estes laces. Foi o mais rematador dos húngaros, com três disparos, dois enquadrados, completou quatro de cinco dribles e foi o mais carregado em falta (6).
Resumo
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