Momento confuso numa zona da capital da Hungria, na véspera do jogo com Portugal, na estreia no Europeu 2020.
A Hungria não escapou ao coronavírus mas, entre os países que recebem jogos do Europeu 2020, é onde se circula com menos restrições. Basta olhar para as imagens que chegaram do jogo entre Hungria e Portugal: o estádio estava cheio e quase ninguém, ou mesmo ninguém, usava máscara.
Nas ruas o cenário não é diferente. A liberdade individual é maior do que em quase todos os outros países da Europa, a máscara quase não é utilizada e, no início de maio, novas medidas foram anunciadas: quem tiver um cartão de imunidade emitido pelo governo pode entrar em praticamente todos os espaços públicos.
Depois da campanha de vacinação alargada, o governo húngaro indicou que todas as pessoas que já receberam pelo menos uma dose da vacina, além das que já recuperaram da covid-19, podem receber esse cartão de imunidade.
Agora, em altura de campeonato da Europa, muitos adeptos estrangeiros circulam pelas cidades húngaras, sobretudo por Budapeste, que é uma das cidades anfitriãs do torneio. Esses adeptos não têm o cartão de imunidade mas não precisam desse documento, para estar nas denominadas fan zones.
Na sexta-feira passada, o governo da Hungria anunciou que, para ver um jogo em ecrãs gigantes em locais exteriores, não é necessário apresentar qualquer certificado. É preciso apresentar um documento de identificação e permitir a verificação da temperatura do corpo.
Além disso, qualquer estrangeiro que tenha um bilhete para um jogo do Euro 2020 fica com os mesmos direitos e com a mesma liberdade de circulação de uma pessoa húngara que tenha o cartão de imunidade.
Essa regra não chegou à fan zone junto ao Castelo de Vajdahunyad, em Budapeste. Na segunda-feira, véspera da estreia de Hungria e de Portugal no Europeu, vários adeptos portugueses foram proibidos de entrar naquela zona.
O semanário Magyar Hang cruzou-se com adeptos portugueses, nesse local, que queixaram-se que não tiveram autorização para entrar na fan zone, apesar de terem um bilhete para o jogo Hungria-Portugal.
Os adeptos lusos sabem que podem entrar, por exemplo, num hotel ou num restaurante, porque o bilhete para um jogo substitui o cartão de imunidade local.
Contudo, essa informação não deve ter chegado aos responsáveis dessa fan zone em Budapeste porque os adeptos portugueses foram informados, à entrada, de que afinal tinham de apresentar um cartão de imunidade para entrar. Não tinham esse documento, não entraram.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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