A Inglaterra empatou hoje 0-0 com a Escócia, em jogo da segunda jornada do Grupo D do Euro 2020 de futebol, e desperdiçou a oportunidade de garantir já um lugar nos oitavos de final do torneio.
Numa noite chuvosa no Estádio de Wembley, em Londres, 20.306 espetadores presenciaram um jogo com mais emotividade que virtuosismo técnico, traduzido no 26.º empate em 115 edições da mais antiga rivalidade entre seleções à escala mundial.
A jogar em ‘casa’, em Wembley, a seleção inglesa não conseguiu ultrapassar o seu histórico rival e, apesar de ter mais bola, não superou uma Escócia que nunca deixou de tentar chegar com perigo à baliza do seu adversário.
Com este empate, a Inglaterra e a República Checa estão na frente do grupo, com quatro pontos, e em boa posição para garantir o apuramento para os ‘oitavos’, enquanto a Croácia e a Escócia somam um ponto. Na última ronda, os ingleses defrontam os checos, enquanto os escoceses vão ter pela frente os croatas.
Escoceses não se limitaram a defender
O dérbi britânico do EURO 2020 terminou sem golos. A Escócia resistiu à Inglaterra, num jogo em que esteve longe de se limitar a defender, apesar do maior domínio inglês.
William Wallace estaria orgulhoso! Os escoceses viram o adversário enviar uma bola aos ferros, por John Stones, mas também criaram vários lances de perigo e foi mesmo deles a melhor ocasião de golo da segunda parte.
Quanto à selecção dos “Três Leões”, atacou muito, mas só por uma vez rematou na direcção da baliza escocesa.
Primeira parte com a Escócia a conseguir contrariar o favoritismo da Inglaterra. Houve oportunidades para os dois lados, mas apenas um remate na direcção do alvo e…para os escoceses. Pickford, com uma excelente defesa, negou o golo a Stephen O’Donnell.
A melhor ocasião, porém, pertenceu aos ingleses, num cabeceamento de John Stones que esbarrou no poste. Onze acções na grande área contrária para cada lado confirmavam a ideia de equilíbrio no primeiro tempo, apesar de a Inglaterra ter mais tempo de posse de bola (59%).
E a segunda parte não foi muito diferente. A Inglaterra continuou a ter (ainda) mais bola, mas não foi por isso que criou mais ocasiões de golo.
Os pupilos de Gareth Southgate chegaram às 31 acções na grande área adversária, mas terminaram com apenas nove remates (menos dois do que a Escócia) e só um na direcção alvo (contra dois dos escoceses).
Aliás, o lance de maior perigo da segunda parte foi mesmo dos visitantes, valendo à Inglaterra um corte de James quase sobre a linha de golo.
Melhor em Campo
Num encontro muito disputado, jogado a grande velocidade, mas sem golos e sem grandes actuações em termos individuais, pertenceu a Mason Mount, com 6.9, o maior GoalPoint Rating do encontro, em grande parte graças aos seis desarmes que efectuou (máximo do jogo).
Além disso, criou ainda uma ocasião flagrante e tentou cinco dribles (mais do que qualquer outro jogador), embora apenas dois tenham sido bem sucedidos.
Destaques da Inglaterra
Reece James 6.1 – Titular após ter sido suplente ante a Croácia, o lateral direito de 21 anos esteve em destaque na Inglaterra. Foi lá à frente tentar a sua sorte com um remate perigoso na segunda parte e, minutos depois, revelou-se preponderante a defender, com um corte decisivo quase sobre a linha de golo a negar o golo à Escócia. Além disso, foi o jogador com melhor percentagem de passes certos no jogo (99%), com 79 completos em 80.
Luke Shaw 5.9 – Se James esteve bem no flanco direito, Shaw não esteve muito abaixo no esquerdo. Dois passes para finalização, sete passes valiosos, um de ruptura e quatro duelos aéreos defensivos ganhos em cinco disputados.
Harry Kane 5.4 – O capitão inglês esteve longe daquilo que é capaz. Só teve 19 acções com bola nos 73 minutos em que esteve em campo e poucas delas foram acertadas. Seis perdas de posse, duas das quais devido a maus domínios do esférico, e quatro passes falhados em apenas 11 tentados.
Destaques da Escócia
Kieran Tierney 6.2 – O melhor entre os escoceses, o jogador do Arsenal foi importante a defender e também a atacar. Foi quem mais alívios (quatro) conseguiu no jogo e também quem mais passes longos concretizou (seis). Recuperou ainda seis posses de bola, embora a tenha perdido por oito vezes.
Stephen O’Donnell 6.0 – Foi do médio uma das melhores ocasiões de golo da Escócia, mas foi a tentar servir os seus colegas que mais se evidenciou: dois passes para finalização, nove passes aproximados e cinco passes longos acertados em seis tentados.
Lyndon Dykes 6.0 – Num jogo em que teve de lutar muito com os centrais ingleses, o avançado escocês de 25 anos do QPR disputou uns impressionantes 14 duelos aéreos ofensivos e ganhou oito. Pecou, depois, no capítulo do passe, com 11 falhados (mais do que qualquer outro jogador).
Resumo
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