A UEFA anunciou ter aberto um inquérito para apurar “eventuais incidentes discriminatórios” nos jogos da Hungria, no Euro 2020 de futebol, com Portugal (0-3) e França (1-1), disputados na Arena Puskás, em Budapeste.
De acordo com o organismo regulador do futebol europeu, o seu Comité de Ética e Disciplina está a investigar situações ocorridas na Arena Puskás, o único estádio do Euro 2020 a permitir a totalidade da capacidade com espectadores.
Em declarações à AFP, um porta-voz da UEFA explicou que as situações incidem sobre a apresentação nas bancadas de uma bandeira homofóbica no jogo com Portugal, denunciada pela associação FARE, organização que luta pela igualdade no futebol, e, no jogo com a França, com sons insultuosos vindos das bancadas onde se encontravam os adeptos ultras húngaros.
O inquérito da UEFA surge depois de o organismo admitir transferir para Budapeste os jogos previstos para Londres, caso o governo britânico não conceda exceções em matéria de isolamento dos adeptos, devido à pandemia da Covid-19.
O incidente no jogo de Portugal acontece também poucos dias depois de a Hungria ter aprovado legislação que proíbe a divulgação de quaisquer informações ou conteúdos relativos à orientação sexual, identidade ou expressão de género e características sexuais junto de menores de 18 anos.
Também no âmbito do Euro 2020, a cidade de Munique solicitou à UEFA autorização para iluminar o seu estádio com as cores do arco-íris da comunidade LGBT, como protesto contra a nova lei húngara, antes do Alemanha-Hungria de quarta-feira.
O grupo F do Euro2020 é liderado pela França, com quatro pontos, seguida da Alemanha e de Portugal, ambos com três, e da Hungria, com um ponto.
Na quarta-feira, na terceira e última jornada do grupo, Portugal volta a jogar na Arena Puskás, diante da campeã mundial França, e a Alemanha joga com a Hungria, na Allianz Arena, em Munique, com ambos os jogos a terem início marcado para as 20h00.
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