Suécia 3 – 2 Polónia | Só Lewandowski não chega

Já apurada, a Suécia venceu esta quarta-feira a Polónia, de Paulo Sousa, por 3-2, com Emil Forsberg (02 e 59 minutos) e Viktor Claesson (90+4) a marcarem para os suecos e Robert Lewandowski (61 e 84) para os polacos.

A Suécia venceu a ‘poule’, com sete pontos, mais dois do que a Espanha, quatro do que Eslováquia e seis do que a Polónia, que ficam eliminadas, com a Ucrânia, terceira no Grupo C, a garantir o apuramento, como um dos melhores terceiros.

Já se sabia que a Polónia ia ter a vida muito difícil, mas não se esperava tamanha derrocada em termos defensivos, com dois golos sofridos que praticamente definiram a eliminação precoce.

O melhor futebolista do mundo para a FIFA em 2020 ainda puxou dos galões para resgatar alguns sinais vitais aos comandados de Paulo Sousa (os primeiros a movimentar as redes suecas neste Europeu), mas o recém-entrado Claesson confirmou já nos descontos o triste destino polaco e garantiu ao mesmo tempo o primeiro lugar do Grupo E para os sempre sóbrios e competentes suecos.

Polacos a correr atrás de Forsberg

O golo madrugador de Forsberg (o mais rápido desta edição, decorrido apenas 1’22 minutos) ditou o que viria a ser a realidade do primeiro tempo: confortável no resultado e na eliminatória, a Suécia entregou a bola à Polónia – como se pode ver pelos índices de posse de bola (38% dos suecos contra 62% do adversário) e que até lhe podia ter custado caro, dada a dupla ocasião de que Lewandowski dispôs com a bola a embater na trave por duas vezes. Os polacos remataram muito (6), mas faltou sempre a pontaria necessária (apenas um tiro enquadrado com a baliza contrária).

O histórico da Suécia em Europeus dizia que nunca tinha perdido um jogo onde tivesse chegado ao intervalo em vantagem e assim se verificou novamente.

Sem melhorar drasticamente a “performance” nos segundos 45 minutos, permitiu à Polónia empatar e acreditar na reviravolta: os comandados de Paulo Sousa, carregados às costas pelo seu capitão, fizeram 12 remates (seis enquadrados, dois dos quais deram golo), tiveram 18 acções na área contrária e acabaram com 65% de posse de bola, mas viriam a sucumbir mesmo nos instantes finais.

Melhor em Campo

É impossível fugir ao que está à vista de toda a gente: Forsberg é, de longe, o jogador tecnicamente mais talentoso da Suécia e voltou a demonstrá-lo neste jogo.

Foram dois golos (já leva três na prova), seis passes valiosos, três tentativas de drible (duas concretizadas com sucesso), duas acções defensivas no meio-campo adversário e até dois bloqueios de passe/cruzamento que comprovam a sua entrega total ao jogo e à camisola que enverga e que justificam de forma total o belíssimo GoalPoint Rating de 8.2.

Destaques da Suécia

Lustig 6.9 – Como é seu apanágio, o lateral-direito privilegiou sobretudo os aspectos defensivos, destacando-se principalmente nos duelos aéreos (ganhou cinco dos seis que disputou) e ainda nos alívios (quatro).

Kulusevski 5.9 – Só precisou de 36 minutos em campo para mostrar como pode ser perigoso: somou quatro passes valiosos, dois dos quais a resultar em assistências para golo, e ainda três conduções aproximativas. Fica a questão: é suplente porquê, mesmo?

Olsen 5.7 – Numa tarde com bastante trabalho, registou quatro defesas, revelando-se ainda eficaz na única ocasião em que foi chamado a sair da pequena área e resolver um lance pelo ar.

Destaques da Polónia

Lewandowski 7.6 – Muito inglória. Assim se pode resumir em breves palavras a exibição de Lewandowski, autor de dois golos (e ainda a enviar duas bolas à trave da baliza sueca no mesmo lance) e ainda sete passes valiosos, mas que acaba por se ver prematuramente fora da competição.

Zielinski 6.6 – Contabilizaram-se quatro remates do médio do Nápoles, mas foi no capítulo do passe que realmente fez a diferença: cinco passes valiosos, três dos quais para finalização e um deles de ruptura (que se transformaria depois numa assistência para golo).

Bednarek 6.4 – O jogador com mais recuperações de posse no encontro a par do sueco Augustinsson (oito), deu sobretudo nas vistas pelas acções defensivas no meio-campo adversário: três, o mesmo número dos desarmes e intercepções que totalizou no encontro.

Resumo


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